O Pedro... ahn, digo, Plínio, me convidou para fazer uma tirinha baseada no universo do Tv & Cerveja para preencher o tempo enquanto ele se diverte numa convenção de Star Trek (ou algo assim) e não pode desenhar uma inédita. Enrolei um pouco para mandar minha contribuição, mas hoje ela finalmente foi publicada!
Não se iludam com o desenho acima, contudo. A tirinha é bem mais tosca, além de ser em preto e branco.
Vão lá ver! E se você ainda não conhece o blog... ahn, digo, site, aproveite para ler o resto. Vale a pena.
Eu e Reca voltávamos para casa. Parei o carro no sinal e surgiram um menininho e uma menininha segurando um saco de bananadas ao lado da minha janela. Eu já fazia sinal de que não queria comprar quando eles começaram a dançar. E a cantar.
A letra da música falava alguma coisa sobre bananada, e a dança tinha uma coreografia, mas estava espantado demais para reparar em ambas. Eu e Reca começamos a rir da inusitada estratégia de venda. Não demorou muito até que ela decidisse comprar uma bananada.
Sim, sim! The Fan And The Flower no YouTube, uplodeado pessoalmente por mim! Para quem não ligou o nome à película, trata-se do lindíssimo curta do Bill Plympton, narrado pelo Paul Giamatti, que foi meu filme preferido no Anima Mundi de 2005. Se você nunca viu, clique no playerzinho maroto agora mesmo. E prepare o lencinho.
A propósito: gostei da experiência de subir vídeos para o YouTube. Aguardem mais alguns da minha humilde coleção.
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Em notícia não relacionada, já está no ar a oitava edição do Cabbage Radio, agora também no Odeo. E a nona já está no forno.
Hoje recebi um e-mail do World Jump Day avisando que depois de amanhã é o dia do grande pulo. Mas já?
De acordo com o site ainda faltam 830.067 pessoas para chegar ao número necessário de puladores. Mesmo assim, às 7h39min13s do dia 20 de julho farei a minha parte.
Já assisti a 14 das 20 sessões de curtas do Anima Mundi e, para mim, Rabbit é o melhor filme até agora (clique aqui para assistir). Mas acho que First Flight, da Dreamworks, ganha na votação do público.
Semana que vem, quando já tiver visto tudo, escrevo minhas impressõesgerais.
Estou com uma dúvida martelando a cabeça desde ontem, e talvez meus leitores advogados possam me ajudar a elucidá-la: o que é preciso fazer para ser expulso da OAB?
Pergunto isso por causa de duas notícias recentes. A primeira sobre a advogada que entregava clientes para bandidos do PCC, e a segunda sobre o garotinho cujo seqüestro foi arquitetado por um vizinho da família, também advogado. Em ambos os casos, foram apenas supensos pela OAB.
Não consigo entender. A primeira, apesar de ser cúmplice confessa de assaltos, foi somente advertida na CPI do Tráfico ("Pô, colega, não faz mas isso não, valeu?"). Por que não foi direto pra cadeia depois do depoimento? O outro planejou o seqüestro de um menino de 6 anos, o que, até onde eu saiba, é crime hediondo. Foi preso, claro, mas a OAB ainda está pensando se o expulsa ou não. Vem cá, tem que pensar o quê? Parece até que o único jeito de ser expulso é matando o presidente da Ordem. Ou, como sugeriu a Reca, não pagando a mensalidade (anuidade, taxa, sei lá).
E pensar que uma pessoa que eu conheço - e, até onde eu sei, nunca participou de assaltos nem de seqüestros de criancinhas - não foi aceita pela OAB por ter ser formado na Sorbonne (é, aquela de Paris). Parece que há uma espécie de "reserva de mercado" para quem se formou no Brasil. Ah, agora entendi. Formado na Sorbonne não pode. Assaltante e seqüestrador, tudo bem - a gente dá no máximo uma supensãozinha que dura 1 ano se eles não se comportarem direito.
Quem foi o sujeito desgraçado que inventou a disputa de pênaltis? É a coisa mais tensa do universo. Rolou um déjà vu de 1994 (se bem que em 1994 foi ainda mais tenso - como a campanha inteira do Brasil, aliás), só que desta vez não chutaram pra fora, mas no travessão. No mais, foi uma final vergonhosa, bem ao estilo desta Copa medíocre. A Itália mereceu a vitória pelo que fez nos outros jogos (especialmente contra a Alemanha), já que nesse, se não fosse a presença milagrosa de Buffon (o melhor jogador do torneio), quase entrega o ouro para Zidane.
Falando em Zidane, achei que o grande mistério dessa Copa seria "o que disse Materazzi?", mas os especialistas em leitura labial do Fantástico (cuma?) já estão dizendo por aí que o italiano xingou a irmã do franco-argelino, e disse uns palavrões aleatórios. E isso lá é motivo pruma cabeçada daquelas? Acho que esses especialistas foram comprados pela Adidas, pela Puma e pela Fifa, além de terem ganhado um tênis da Nike, para não revelar a verdade oculta que nós nunca saberemos. Malditos sejam todos!
Sei que muita gente torcia pela França não apenas por admirar Zidane, mas porque, se a Itália ganhasse, se aproximaria perigosamente do penta brasileiro. Pois, para mim, este foi mais um motivo para torcer pela Azzurra. Agora que temos um novo tetracampeão, as coisas voltaram a ficar emocionantes. Se a Itália for penta antes de conseguirmos o hexa, então... Aí é que vai ficar realmente dramático. Como as Copas devem ser.
Incrível como o tempo passa rápido, não? A única coisa que me preocupa é que até agora não fiquei rico. Sabia que esses anúncios do Google não iam dar certo.
Para variar, não preparei nada de especial. Cheguei a cogitar um novo template, mas estava muito ocupado botando eu e Gabes como centro-avantes na seleção brasileira do Winning Eleven. Ah, e lendo o dicionário também.
Mesmo assim, se alguém quiser me dar um presente, não ficarei chateado. Mas se você for pobre e/ou sem coração, não se esqueça de clicar nos anúncios ali do lado uma vez na vida. Juro que não dói. Obrigado pela audiência, queridos 12 leitores*.
Estou frustado com o que aconteceu sábado. Agora sou Portugal desde 1500. Lula, presidente e pé-frio
Como eu previa e desejava, a França botou os portugueses em seu devido lugar vencendo o jogo de ontem. Não foi à toa que os lusos tentaram cavar pênaltis durante toda a partida (o juiz economomizou nos cartões amarelos, por sinal), tamanha a incompetência nas finalizações (como já tinha ficado evidente no jogo contra a Inglaterra). Venceu o time menos medíocre, e é isso que importa. Agora fico na torcida para os italianos darem um coça em Zidane e sua trupe. Pelo que vi das duas equipes até agora, é o que a AZZURRA tem obrigação de fazer.
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Assisti ao jogo pelo Sportv. Melhores comentários.
"Esse aí se fosse pra escolinha de simulação da Argentina não passava nem do C.A.!" - Comentarista (não me pergunte qual) ao ver um português tentando cavar falta pela enésima vez.
"Ele chuta muito bem a bola. Sempre passa pertinho do gol." - Comentando um chutão dado por Maniche de fora da área, que passou por cima do travessão (N.do E.: Se ele chutasse tão bem, a bola não devia entrar no gol? Ou pelo menos ser defendida pelo goleiro?).
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Entristece saber que o backstreet boy Cristiano Ronaldo é o mais cotado para o prêmio de revelação da Copa. Não sei por que, visto que não fez chongas a competição inteira. E pensar que Pelé recebeu o mesmo prêmio em 1958... Esta deve ser mesmo a pior Copa da história.
Esqueci de avisar, mas já tem duas novas edições do Cabbage Radio no ar. A última é uma edição especial só com músicas brasileiras, em homenagem a nossa merecidíssima eliminação da Copa. Se a Itália ganhar, penso até em fazer uma edição com músicas italianas. Vão lá.
O contador de visitas holandês registrou gratuitamente meus pageviews durante 3 anos, e por isto sou muito grato. No entanto, decidi aposentá-lo. Já há algum tempo tinha notado o surgimento de 2 pop-ups quando o blog carregava. A princípio, achei que a causa fosse um outro contador e retirei-o do código. Pareceu funcionar, mas depois de alguns dias os pop-ups voltaram. Acabei deixando pra lá porque o Firefox bloqueava.
Uns dias atrás, no entanto, o Kadu me mandou um e-mail dizendo que um desses pop-ups teria tentado instalar um malware no computador dele, conforme alertou seu antivírus. Achei a notícia preocupante e notei que realmente havia um pop-up que não era mais bloqueado pelo Firefox. Meu antivírus não detectou nenhum malware, no entanto.
Resolvi investigar e descobri que o causador dos pop-ups era mesmo o Nedstat. Desde que ele se transformara em Webstats4u já tinha percebido que alguma coisa não cheirava bem. Tirei o código do template e agora usufruo dos serviços muito melhores e mais confiáveis do StatCounter. É uma excelente alternativa ao Nedstat. Recomendo.
Para quem tiver curiosidade, este artigo explica melhor o caso dos pop-ups.
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Já o Haloscan, meu querido sistema de comentários, teve um ataque de generosidade e aumentou o espaço de armazenamento para usuários gratuitos. O que significa que comentários antológicos que eu julgava perdidos voltaram aos seus respectivos posts! Sim, sim, esta é uma notícia tão boa que vou até recomendar a leitura dos comentários deste post aqui - os melhores da história do blog, na minha humilde opinião. É grande mas vale a pena. Divirtam-se!
Jogaço, esse Alemanha versus Itália. O melhor da Copa. Quando você achava que não ia acontecer mais nada, pá!, 2 gols da Azzurra nos últimos minutos do 2º tempo da prorrogação. Foda.
A Copa de 1990 foi a primeira a que assisti com interesse e total consciência do que estava acontecendo. Em 1986 estava mais preocupado em jogar bola com meu primo do que em assistir aos jogos. Na memória ficaram apenas flashes desconexos, como o Brasil entrando em campo no jogo contra a Argélia (a bandeira dos africanos me marcou visualmente), o Zico perdendo o pênalti, meus pais e meus tios decepcionados com a eliminação. Em 1982, nem se fala. Tinha apenas 2 anos e não fazia idéia de que Copa do Mundo existia. Por isso, a minha estréia como telespectador de Copas foi mesmo em 1990. No colégio, a febre era o álbum de figurinhas da Copa. Foi o primeiro que completei na vida. Lembro-me até hoje de conseguir o número 20 dos Estados Unidos, o maldito último cromo (não-autocolante, claro), com um garoto da 3ª série, numa operação que mais pareceu uma troca de malas de dinheiro, e de no dia seguinte distribuir meu gigantesco bolo de repetidas no recreio.
Isso aconteceu antes da Copa começar. Eu não fazia idéia do que estava por vir. Na época, não sabia o quão desacreditado era o time comandado por Lazaroni. Para mim aquela era A Seleção Brasileira, a primeira que eu via realmente jogar, e parecia natural que os tri-campeões chegariam facilmente ao tetra. Quando o Brasil venceu todos os jogos da primeira fase, achei que estava no papo. Mas como todo mundo sabe, a alegria não durou muito. O gol de Caniggia despachou os brasileiros nas oitavas-de-final, na pior campanha desde 1966. Foi horrível: meus primos chorando, minha prima triste porque o avô dela provavelmente não veria o Brasil ganhar outro título, eu amaldiçoando aquele álbum de figurinhas estúpido. Só mais tarde eu fui descobrir que o time no qual eu depositara tanta esperança era considerado um dos mais medíocres da história das seleções.
Quando o Brasil caiu ontem, novamente diante da França, me peguei pensando naquele Argentina 1 x 0 Brasil, e em como a derrota de 16 anos atrás foi muito mais digna. O Brasil tinha um time fraco, muitíssimo criticado e, mesmo assim, lutou até o último minuto contra a evidente superioridade Argentina. Podia-se acusar o time do Lazaroni de tudo, menos de apatia. Alguns dizem até que o jogo da eliminação foi o melhor da seleção naquela Copa. Ontem, porém, com um time de estrelas milionárias, considerado o melhor do mundo e incensado desde o início da competição, o que se viu foi a vitória da indiferença, da indolência. Ou, como disse o Gabes, a vitória da meia do Roberto Carlos.
Só não digo que meu post anterior foi profético porque era óbvio demais o que podia acontecer. Não por acaso, o gol da França contou com a participação fundamental dos nossos laterais recordistas. A falta que Zidane cobrou foi provocada por Cafu e a inoperância na marcação de Henry, que fez o gol, cortesia de Roberto Carlos e suas belas meias. Confesso, porém, que não esperava que fosse ser desta magnitude, que fosse lembrar tanto a Copa da França.
Sim, porque foi impossível assistir ao jogo de ontem sem se lembrar da final de 1998. A diferença - e o que torna a derrota ainda mais indigna - é que o comportamento da seleção em campo desta vez não pode ser atribuído a nenhuma convulsão, a nenhum evento bizarro e inesperado que pudesse desestabilizar o time. O Brasil perdeu simplesmente por ser o Brasil. Pela insistência imbecil de Parreira numa escalação fracassada, pela prepotência "sou-titular-na-marra" dos velhotes Cafu e Roberto Carlos, pelo desperdício de ter reservas no banco muito melhores do que titulares "experientes". Nunca vi um time entregar uma partida daquele jeito. De todas as seleções eliminadas nas quartas-de-final, nenhuma mereceu mais a derrota do que a brasileira.
Lazaroni pode dormir tranqüilo. Comparado com a falta de vontade de vencer da seleção que poderia-ter-sido-mas-não-foi, o time de 1990 ganhou até contornos heróicos.
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Se tivesse acontecido de outro jeito, eu provavelmente estaria fazendo vodu contra Zidane e cia. nas semi-finais. Mas como a desclassificação brasileira foi culpa dos próprios brasileiros (exceções feitas a Lúcio, Juan, Zé Roberto e Dida, que impediram um placar mais distendido), vou cantar a Marselhesa no jogo contra Portugal. Até porque, ao contrário de 99% do país, quero mais é que o Felipão se exploda.
No mais, será deveras injusto se Portugal chegar à final. Vá lá, mesmo detestando o Felipão, até admito que ele sabe unir os jogadores. Ele lutaram (literalmente) muito, mas chega. Um quarto lugar está de bom tamanho. Mais do que isso seria premiar a mediocridade. Sim, porque um time que não consegue liquidar em 120 minutos uma Inglaterra sem ataque (Crouch na frente e ninguém para lançar a bola não conta como ataque), com um jogador a menos e um técnico sueco burro só pode ser medíocre. Palmas, no entanto, para o goleiro português, que é bom até no Winning Eleven e foi o verdadeiro responsável por levar Portugal tão longe no torneio.
Minha torcida agora fica mesmo é com a Itália (mas se Alemanha ou França ganharem também não será de todo ruim). Avanti, Azzurra!