CONTADORES DE HISTÓRIAS

Os blogs de mp3 gringos estavam em polvorosa ontem, por causa do lançamento do primeiro single da banda que Jack White formou com Brendan Benson, chamada The Raconteurs. E daí?, você pergunta. E daí que eu achei a música bem legal, e tinha que botar pelo menos mais um download de verão antes da estação acabar (ok, ok, eu sei que ainda falta um mês e meio, mas é melhor não arriscar, considerando a freqüência com que escrevo aqui).

Fiquem avisados, porém, de que o refrão gruda que é uma beleza. Se vocês não querem ficar com "Steady as she goes" ressoando na cabeça por dias (como está acontecendo comigo), não baixem.

The Raconteurs - Steady As She Goes (Megaupload)
The Raconteurs - Steady As She Goes (YouSendIt)

QUERIDO DIÁRIO

Ontem levei cinco horas e meia de carro para fazer um trajeto que faço normalmente em vinte minutos. Tudo graças ao ensaio de segundo dilúvio que resolveu cair sobre a cidade.

Hoje bebi um vinho mais velho do que eu (a saber: um Chateau Lafite Rothschild de 1978). Um dos melhores que já tomei.

A lei da compensação realmente existe.

ARMAGEDÃO

Enquanto vocês lêem isso aqui, pode haver um asteróide gigante em rota de colisão com a Terra. Não me refiro a um daqueles pedregulhos que podem, talvez, quem sabe, um dia se chocar com o nosso planeta em 2532, quando nem os bisnetos dos nossos bisnetos estarão vivos. Não. Nosso algoz espacial pode estar a um mês de distância. Talvez menos. E nós só não sabemos disso porque não tem ninguém olhando.

Estima-se que existam pelo menos 1 bilhão de asteróides vagando pelo espaço. Até hoje, só conseguimos descobrir cerca de 50 mil, o que equivale a 0,005% do total. Mas 1 bilhão é apenas um chute. Pode haver mais. Muito mais.

Asteróides são naturalmente difíceis de se detectar. Cientistas acreditam que duas ou três vezes por semana um asteróide quase colida com a Terra sem ser percebido. Em 1993, um meteoro dos grandes passou a 145 mil quilômetros da Terrra e só foi notado quando já estava indo embora. Pode parecer uma distância segura, mas em termos astronômicos é o equivalente a tirar um "fininho" no trânsito, daqueles que por um centímetro não resultam em batida. Ainda assim, em todo o mundo não há mais do que 100 pessoas procurando por asteróides. Os que identificamos até agora foram pura sorte.

Um meteoro medindo 2,5 quilômetros e viajando a 68.000 m/s colidiria com a superfície da Terra apenas um segundo depois de penetrar a atmosfera. Todos os seres vivos num raio de 250 quilômetros que, por um milagre, tivessem escapado incólumes ao calor de 60 mil graus kelvin gerado pela entrada do pedregulho, seriam mortos pelo impacto.

Quem estivesse num raio de 1.500 quilômetros da queda veria um clarão muito maior do que o causado por qualquer bomba conhecida e, logo depois, cobrindo todo o horizonte, uma nuvem colossal de rocha, terra e gases superaquecidos que se deslocaria a milhares de quilômetros por hora. Se você fosse um dos desafortunados a observar a escuridão se aproximando, teria cerca de 5 minutos para pensar no que estava acontecendo antes de ser morto pelos detritos flamejantes.

Os que tivessem a sorte (?) de estar a uma distância segura (?) do impacto, sofreriam ao longo do dia com as conseqüências da onda de choque: terremotos, erupções vulcânicas, tsunamis e chuvas de rocha incandescente. Em 24 horas, estima-se que 25% da população mundial teria morrido. Desnecessário dizer que as comunicações estariam cortadas, tornando impossível obter qualquer tipo de informação, o que só contribuiria para aumentar o terror entre os sobreviventes.

As cinzas do impacto provavelmente obscureceriam o sol por anos, o que transformaria o Rio de Janeiro, por exemplo, numa filial do Alasca. Quem sobrevivesse às provações do período pós-apocalípitico teria que se adaptar a novas e imprevisíveis condições climáticas, que poderiam durar pelo menos 10 mil anos. Uma perspectiva nada animadora.

E o mais interessante, se vocês não estavam prestando atenção, é que isso pode acontecer tanto na semana que vem quanto em 2532. A aleatoriedade não é uma coisa fascinante?

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Uma ótima semana a todos.

PARA PENSAR ANTES DE DORMIR

Ter consciência da própria burrice é um sinal de inteligência.

ADEUS, PEQUENA CRIANÇA DO INVERNO





Está aberto, oficialmente, o ano do pingüim.

CINCO NOTAS (E UM P.S.)

Sim, chegou a temporada dos downloads de verão! Sim, eu acabei de inventar isso! Conheçam uma banda cujo nome é um trocadilho infame: Voxtrot. Eles são de Austin, Texas (o que é sempre um bom sinal) e o vocalista se chama Ramesh Srivastava - um prêmio para quem conseguir dizer isso rápido três vezes. A música que ofereço parece um cruzamento bizarro de Smiths com Strokes, mas eu posso estar viajando. Como algumas pessoas estão com dificuldade para acessar o Megaupload, dessa vez hospedei a música no YouSendIt também. A diferença é que neste último o arquivo só fica disponível por 7 dias. Escolha o seu preferido:

Voxtrot - The Start Of Something (Megaupload)
Voxtrot - The Start Of Something (YouSendIt)

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Gosta de baixar shows? Então você tem que conhecer este blog. Não precisa agradecer.

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Atenção, todo mundo que não conseguiu pegar a Coletânea Repolhópolis - Volume 2: quem quiser, pode entrar em contato por e-mail para que eu forneça as diretrizes de como baixá-la diretamente de mim lá no bom e velho. E de lambuja você ainda ganha acesso a boa parte do meu acervo.

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Assisti ao primeiro episódio de My Name Is Earl. É realmente muito bom. Vejam!

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Ouvi rumores de que a lista de piores de 2005 será publicada amanhã. Não que alguém esteja interessado nisso, claro.

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p.s.: Ah, sim, já ia me esquecendo. Uma música do próximo disco do Flaming Lips aqui (ou aqui).

COM A BÊNÇÃO DO GRILO FALANTE





Incrível. Eu disse que ia fazer o sorteio hoje e realmente fiz! Esperem um pouco enquanto eu me emociono.

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Ok, pronto. Sem mais delongas, quem ganhou foi o... Nasi! Parabéns, Nasi! Entrarei em contato por e-mail para acertar os detalhes de envio.

Foi a maior participação que já tive em um sorteio, superou até o das caixas de fósforos. Agradeço a todos os que perderam seu tempo digitando na caixa de comentários para não ganhar nada. Mais sorte no próximo.

MELHORES DE 2005

P.G. Wodehouse - Autor do melhor (e mais engraçado) livro que li este ano, Então Tá, Jeeves (no original, Right Ho, Jeeves). Agora só preciso ler os outros mais de 90 títulos do mestre inglês para ser uma pessoa completa.

Lost - O que dizer de um seriado que me fez ter horário para ver TV? Quem me conhece sabe que sou incapaz de guardar a hora de exibição de qualquer programa. Com Lost isso não aconteceu (ok, precisei da ajuda da minha assessora para assuntos de memória, mas apenas nos primeiros episódios). O que só pode significar uma coisa: trata-se do melhor produto televisivo da década. Mal posso esperar pelo fim do recesso da segunda temporada (que, claro, estou baixando via Bit Torrent).

Firefox - O Internet Explorer morreu. E eu não chorei.

O Gosto do Chá - Não teve pra ninguém. Melhor filme do ano, fácil. Quem topa uma partida de Go?

10 melhores bandas cujos shows não vi mas gostaria de ter visto (sem ordem de preferência) - Spoon, My Morning Jacket, The Shins, The Polyphonic Spree, Gomez, Radiohead, The New Pornographers, The Go! Team, Art Brut, Eels.

TIM Festival - Tudo que eu precisava dizer foi dito aqui, aqui e aqui. Melhor fim de semana do ano.

"Cloud", do Fischerspooner e "Her, You And I", do The Changes - As músicas que dominaram o meu Winamp no primeiro e segundo semestre de 2005, respectivamente. Dividem o troféu de melhor música do ano.

Laranjada Americana - Por servir a melhor laranjada do ano. Indispensável durante o Anima Mundi.

Lubomyr Husar - Indiscutivelmente, o melhor candidato a Papa do ano.

Volta ao mundo de pula-pula - A melhor idéia estúpida ainda não executada do ano. Não por acaso, uma idéia minha.

Quarta e quinta temporadas dOs Simpsons em DVD - Melhores presentes do ano.

Springer Silentia 7500 - Melhor ar-condicionado que não faz barulho de turbina de Boeing do ano.

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E é isso. Se eu me lembrar de alguma coisa, acrescento mais tarde. Em breve, a lista dos piores.