outubro 25, 2005

 
DIA DE REIS





Eu tive que fazer uma escolha: ou assistia a Television e Elvis Costello, ou a Kings Of Convenience. Escolhi o último. Sim, e não vou ficar me explicando. Foi uma boa escolha.

Sem a pressão do dia anterior, chegamos ao Lab exatamente às 23h. O show atrasou quase uma hora novamente, mas como a tenda estava bem vazia ninguém reclamou. Sentamos no chão, na terceira fila. Só não ficamos na grade porque não quisemos. Logo começou o show de abertura.

Vanessa da Matta - A cantora só entrou no palco depois de ter cantado alguns versos da primeira música, ainda no backstage, mas com a banda no palco. Foi divertido ver o câmera da MTV procurando pela dona da voz que vinha do nada. Bem, fora isso, não tenho muito o que dizer sobre o show. Foi aquela coisa meio "Elba Ramalho do século XXI", com a presença supreendente de alguns fãs e direito a música dos "Saltimbancos" no meio. Só sei que foi a primeira vez no Festival que vi uma banda de abertura voltar pro bis. Eles tocaram uma música que já havia sido executada ("Não me deixe só"? É esse o nome?), mas a galera não se importou e cantou com vontade. Enfim. Meio neo-hippie demais pro meu gosto, mas não me agrediu.

Kings Of Convenience - Se houvesse um prêmio para "show mais fofo", este seria certamente o vencedor. No palco, apenas dois violões e um piano de cauda. A dupla sofreu no começo do show com a indiferença da parte de trás do público (a esta altura a tenda já devia ter mais de 2 mil pessoas), que falava sem parar e atrapalhava o retorno. Erlend Øye (misteriosamente sem os óculos e vestido de Salsicha - o personagem, não o alimento) era o mais falante, e pediu silêncio várias vezes às pessoas atrás. Não sendo atendido, dedicou a fantástica "I Don't Know What I Can Save You From" para a galera da frente. Aos poucos a dupla foi conquistando uma parte da platéia que não os conhecia (infelizmente houve alguns que não calaram a boca o show inteiro), principalmente depois que Erlend declarou o amor deles à bossa nova e o tímido Eirik Glambek Bøe, dono da voz principal, cantou "Corcovado" em português. "Eu não sei uma palavra de português", disse ele ao final da música. "Ficou bom?", ao que a platéia respondeu "Yeah!", levantando os dedos em sinal de aprovação.

Apesar de curto, o show foi marcado pela interação da dupla com a parte da platéia que estava interessada na música. Muito simpáticos, os noruegueses tocaram ainda "Singing Softly To Me", "Misread", "Toxic Girl", "Winning A Battle, Losing The War", entre outras. Um dos melhores momentos foi a versão voz, violão e palmas de "I'd rather dance with you", com direito a dancinha de Erlend. Durante o bis (droga, me esqueci o que eles tocaram no bis!), Erlend convidou a platéia para uma roda de violão hoje, terça-feira, em frente ao hotel em que estão hospedados, para comemorar o aniversário de Eirik. O público retribuiu cantando "Parabéns pra você" em portugês. No final, os dois desceram do palco e apertaram as mãos dos fãs, além de distribuírem alguns autógrafos.

Quanto ao show na praia, ninguém sabe se vai realmente acontecer. Como eles são noruegueses, acredito que estavam falando sério. Não vou poder ir, mas a Reca vai. Se realmente rolar, vocês ficarão sabendo.

Morcheeba - Saímos do gargarejo e fomos procurar um lugar mais perto da saída. Era impressionante a quantidade de playboys (ou de "fortinhos e escovadas", como chamou a Reca). O show começou, mas como não sou grande fã de Morcheeba, não me empolguei. Trip-hop bem tocado, e tal, mas não muito marcante. Perfeito para embalar as dancinhas da playboyzada e das muitas celebridades presentes (Cicarelli, Tony Garrido, Fausto Fawcett, Cláudio Manoel do Casseta & Planeta, só pra ficar nos que eu vi). Cansados, saímos no meio, não sem antes encontrar Eirik no meio da platéia. A Reca aproveitou para perguntar se esse negócio de convidar a galera para a praia em frente ao hotel era sério mesmo. Pelo visto era. Depois fiquei sabendo que Erlend estava no Village, sentado numa pizzaria, batendo papo com alguns fãs. São muito acessíveis esses noruegueses.

Saldo final? Três shows antológicos e um epílogo fofo. Ou seja: o melhor TIM Festival de todos os tempos, como eu queria demonstrar.

Agora baixem a música do Kings Of Convenience ("link válido por 7 dias e blá-blá-blá") e tenham um bom dia.

Kings Of Convenience - I Don't Know What I Can Save You From

****

p.s.: Se houver algum link quebrado, me avisem.

besuntado por Vitor Dornelles 02:46

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