CARRYING THE FIREPrimeira matéria que eu vejo sobre as
filmagens de The Road, a adaptação cinematográfica do homônimo e excelente
livro do Cormac McCarthy. Gostei. Eles parecem ter captado bem o clima.
CABRAS E MARCIANOS# Depois de
The Woman Who Can't Forget fiquei com vontade de ler
The Men Who Stare At Goats, sobre os experimentos pouco ortodoxos que o governo americano estaria fazendo com coisas como leitura da mente e a capacidade de matar animais apenas com o olhar. Parece que o livro já inspirou um documentário,
Crazy Rulers of the World, e deve virar filme estrelado pelo George Clooney. Vou acompanhar.
# Gostei dessa
prateleira.
# Vários
filmes trash para baixar de graça! Fiquei com vontade de ver
Santa Claus Conquers the Martians. E
Jesse James Meets Frankenstein's Daughter. E
Teenagers From Outer Space. E
Werewolf In A Girl's Dormitory. Entre outros. Ok, todos.
# Fui parado novamente pela polícia. Como
da outra vez, sem motivo algum, só que no meio da madrugada. O Gabes estava comigo. Isso me fez concluir que deve ser a minha cara, pois o Gabes também usa barba. Aparentemente, para a polícia carioca todo jovem barbudo é um maconheiro em potencial. Começo a entender melhor como os árabes que são confundidos com terroristas se sentem. Eu até pensei em iniciar um blá-blá-blá sobre como essa abordagem da polícia é uma perda de tempo gigantesca, bem como toda a política de combate às drogas, mas achei melhor não.
# E Lost, hein? Esse final de temporada vai ser foda.
LEITURA SAUDÁVELMuito interessante
esse textinho da New Yorker. Recomendado especialmente para quem, até hoje, tem convulsões só de pensar no debate sobre a legalização das drogas.
RESOLUÇÃO #2Apresento-lhes Baby Jane. Na foto, com 2 meses e 10 dias.
COMO NÃO GANHAR NA MEGA-SENADeve ser muito chato ter que dividir o prêmio da mega-sena com outro apostador. É fácil intuir isso, mas compreendi melhor como deve ser frustrante depois de analisar todos os resultados da mega-sena até hoje,
baixados no site da Caixa Econômica. Volte e meia eu escuto algum desavisado reclamar de que a loteria só pode ser marmelada, porque quase ninguém ganha e, quando ganha, geralmente o prêmio vai para um bilhete só. Coisa de quem não entende nada de probabilidade. Obviamente, como as chances de acertar na mega-sena jogando 6 dezenas são
ínfimas, o resultado mais comum tem que ser nenhum ganhador. O segundo resultado mais comum é quando há somente um ganhador. Portanto, enquanto a mega-sena continuar assim, com longos períodos em que ninguém ganha e eventuais sortudos aqui e ali, não há muito motivo para desconfiar de sua idoneidade.
Acontece que, de vez em quando, duas pessoas ganham. Às vezes três. São resultados muito raros. É como se duas pessoas fossem atingidas por dois meteoritos ao mesmo tempo em lugares diferentes. É meio triste ler a lista de resultados da mega-sena e ver, num concurso, alguém ganhar 30 milhões e, no seguinte, três pobres desgraçados dividindo um prêmio não-acumulado de 1 milhão. Dá pouco mais de 300 mil pra cada um. Claro que 300 mil são dinheiro mais do que bem-vindo, uma quantia que resolve vários problemas, ninguém vai jogar fora. Mas... Não deve bater uma tristeza saber que você desperdiçou a sorte da mega-sena em 300 mil? Se acertar uma vez na loteria já é quase impossível, imagine acertar duas. Não vai acontecer de novo. E, por mais que ganhar 300 mil seja legal, não é nem de longe tão legal quanto ganhar 42 milhões. Ganhar 42 milhões muda sua vida. Ganhar 300 mil dá, no máximo, "uma forcinha".
O melhor a fazer é só apostar quando houver quantias realmente vultosas em jogo, para minimizar suas perdas no caso de ter que dividir o prêmio. Ainda assim, essa não é a lição mais importante que eu aprendi lendo todos os resultados da mega-sena (eu realmente fiz isso). Como eu já mencionei acima, o mais comum é não haver ganhador. Depois, por ordem de freqüência, um, dois, três, quatro e cinco ganhadores, sendo que os dois últimos só aconteceram, respectivamente, duas vezes e uma vez em toda a história do sorteio. Por isso, é impossível não reparar no concurso 529, realizado no dia 14 de janeiro de 2004, quando quinze (eu disse QUINZE) pessoas acertaram a mega-sena.
— É marmelada! Conspiração!
A princípio tendo a concordar com você, leitor imaginário e paranóico da direita. Mas uma rápida pesquisa no Google esclarece o caso. Na ocasião, a Caixa investigou o ocorrido e descobriu que os ganhadores, todos do Nordeste, haviam jogado números do biscoito da sorte chinês de uma rede de restaurantes da região. Como a máquina de papéizinhos gerava apenas 170 combinações de números, era muito comum haver seqüências repetidas. A sorte (se é que se pode chamar assim) dos ganhadores do concurso 529 é que o prêmio era bastante alto, e cada um recebeu 349 mil (uma bela "forcinha").
Tudo isso para concluir com a lição mais importante que eu aprendi, que era onde eu queria chegar com toda essa embromação: nunca jogue os
números de Lost na mega-sena. Primeiro, porque eles são amaldiçoados, como todo mundo sabe. E, depois, porque você provavelmente será obrigado a dividir o prêmio com os outros 500 babacas que tiverem a mesma idéia. Não precisa agradecer.
HIPERMEMÓRIAAcabou de sair nos EUA, e eu nem sei se é bom, mas fiquei com uma baita vontade de ler
este livro.
RÁDIO REPOLHO #23Por mais estranho que possa parecer, consegui ficar mais ocupado durante as minhas férias do que em dias normais de trabalho. Essa foi uma das razões pelas quais não avisei da
nova edição do Cabbage Radio, que está no ar há mais de uma semana. A outra foi preguiça. Mas quem se importa?
Desta vez começamos com o rock setentista do Earl Greyhound, que é uma banda relativamente nova e bastante promissora. No entanto, a música que eu escolhi, embora goste muito, não é representativa do som da banda. Para quem quiser ter uma idéia melhor, recomendo a audição de "S.O.S.". Em seguida, temos: uma música-chiclete dos canadenses do Two Hours Traffic; She and Him, projeto que uniu os surpreendentes talentos vocais da atriz Zooey Deschanel à agradável esquisitice de M. Ward; o excelente The Black Keys, que mais parece uma cruza de White Stripes com Jon Spencer Blues Explosion; nostalgia aleatória dos anos 90, cortesia do Live; uma música nova do ótimo Jamie Lidell; um pouco de The Zutons, que é uma banda inglesa que eu sempre me esqueço que existe, mesmo sendo bacana; Teitur, o trovador solitário das Ilhas Faroe que eu descobri graças à minha recente obsessão pela Escandinávia; o sonicyouthismo do The Duke Spirit, que lançou disco recentemente; e, para fechar, uma das bandas canadenses mais famosas do mundo, The Guess Who.
Ouçam!