ALEA JACTA EST
Hoje eu apostei na Mega-Sena. Tenho duas regras para esta ocasião:
1ª) Só jogo quando o prêmio está bastante acumulado. Convenhamos, você só ganha na Mega-Sena uma vez na vida - quando muito - então não me parece uma boa desperdiçar uma sorte dessas com um mísero milhãozinho. Tem que ser de 10 milhões para cima.
2ª) Só faço um jogo. Apostar quinhentas vezes ou uma vez só não faz a menor diferença na prática. As chances são tão ínfimas que não importam. Portanto, prefiro gastar somente R$1,50.
Eu sou aquele tipo de pessoa que nunca ganha nada. Nem em bingo, nem em rifas, nem em jogos de cartas. Qualquer coisa que dependa do mínimo de sorte não é comigo. Para falar a verdade, sou um dos caras mais azarados que eu conheço. Acredito que isso possa querer dizer duas coisas. Uma: todo esse azar acumulado irá se converter numa sorte monstruosa que me permitirá acertar na Mega-Sena jogando somente com um cartão. Outra: o azar não está se acumulando; ele faz parte de um processo constante e não culmina em nada, o que quer dizer que eu devo me considerar abençoado se, porventura, algum dia ganhar um frango congelado no bingo da paróquia.
O site da Caixa Econômica diz que as chances de acertar na Mega-Sena jogando 6 números são de 1 para 50.063.860. Dá para entender que é uma chance ridiculamente pequena. Mas, ainda assim, é difícil de visualizar. Você gostaria de ter uma idéia gráfica mais precisa de como funciona essa probabilidade, não gostaria? Pois então. Acho que é hora do incrível momento
Este foi meu pai, a segunda pessoa mais fácil de desenhar do mundo (a primeira é o Gabes), com seus fantásticos ensinamentos. Pois é. Trinta e três milhões de reais e estas são as chances do cidadão comum. Uma lástima.
Só sei que se eu ganhasse essa bolada poucos ficariam sabendo. Não ia deixar de escrever no blog e tampouco faria alguma mudança drástica, como comprar uma cobertura na praia ou trocar meu carro por um Rolls Royce. Acho que minha única ostentação, a priori, seria comprar uma Ferrari para ela. O resto viria com o tempo. Eu provavelmente iria morar em outro país. Compraria um carro só um pouquinho melhor (um Peugeot 307, talvez). Abriria algum negócio lucrativo, para garantir a longevidade do dinheiro. Teria uma discoteca, uma biblioteca e uma dvdteca gigantescas. Provavelmente daria presentes "simples", como casas, aos meus amigos mais chegados. E, por último mas não menos importante, começaria uma momumental coleção de bonecos. Eu teria tudo, de todos os tipos, em todos os tamanhos, colecionaria revistas especializadas e o escambau. Teria a coleção completa dos bonecos dos Simpsons, bonecos baseados em filmes, GI Joes, Super Powers, bonecos raros e... Talvez por isso eu nunca vá ganhar na Mega-Sena.