ÚLTIMO DO ANOEm termos de blog, 2007 conseguiu ser ainda pior do que 2006. Foram menos posts, a maioria com qualidade mais sofrível do que ano passado. De resto, porém, não posso reclamar. Foi um ótimo ano nas outras áreas da minha vida. Das
resoluções que publiquei em janeiro, pelo menos uma (a mais importante, eu acho), "sair da casa dos meus pais", está semi-cumprida. "Semi" porque ainda não nos mudamos completamente. Faltam algumas coisinhas para o novo lar ser considerado efetivamente um lar, como computadores, livros, CDs e DVDs. Por enquanto, funcionamos num esquema meio acampamento, graças à tríade cama-geladeira-fogão auxiliada por outros móveis e aparelhos menos indispensáveis.
Sim, sim. Eu realmente queria ter contado toda a saga que nos levou ao novo apartamento, desde quando começamos a procurá-lo, no início do 2º semestre, passando pela obra que não queríamos (mas precisávamos) fazer, até a chegada dos primeiros móveis e todas as dificuldades inerentes ao processo. Mas faltou inspiração. E tempo. É por isso que, para 2008, manterei as resoluções que fiz para 2007, acrescentando apenas uma: que ano que vem eu consiga cuidar melhor disso daqui.
Agora, com licença, que vou fazer algo que não faço há anos: assistir à São Silvestre. Cuidem-se. E brindemos!
NEO-NOÉTalvez seja apenas eu, mas a cada vez que passo pelas obras da tal
Cidade da Música, na Barra, acho que ela está mais parecida com a Arca de Noé. Algo me diz que César Maia sabe algo que não sabemos.
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E, antes que eu me esqueça, um agradecimento atrasado a todos os leitores que clicaram alguma vez nos anúncios ali do lado. É que, depois de 3 anos, finalmente recebi um e-mail do Google dizendo que acumulei os famosos 100 dólares e poderei recebê-los. Um verdadeiro presente de Natal inesperado. Aliás: feliz isso pra todo mundo. E até.
COISAS QUE ME IRRITAM (PARTE 1 DE MUITAS)Vegetarianos ativistas — Eu acredito num princípio básico: cada um come o que quer. Então, se você despreza a imensa vantagem evolutiva de ser onívoro, que te permite comer praticamente qualquer coisa, tenha ao menos a decência de não ficar por aí tentando catequizar outras pessoas para o "seu lado". Não, eu não tenho nenhuma pena dos bichinhos. Não, eu não fico chocado com histórias de abatedouro. E como se isso não bastasse, tive a certeza absoluta de que nunca seria vegetariano no dia em que fui com amigos do trabalho a um desses restaurantes naturebas (por que eu faço essas coisas?) e lá encontrei um pretenso garoto-propaganda do movimento. Sério, ele vestia uma camiseta com umas palavras de ordem, das quais infelizmente não me lembro, porém o mais importante era o resto. Ele devia ter uns 40 anos, talvez mais, usava pochete e bermudinha, seus cabelos loiros eram cortados em forma de cuia e ele tinha uma das peles mais assustadoramente bronzeadas que eu já vi. Ou seja: vira essa couve pra lá!
Dezembro no Rio de Janeiro — Sem dúvida, o pior mês para se estar na cidade. Para começar é quente, muito quente. Se o ar-condicionado do seu carro estiver quebrado como o meu, então, a coisa piora umas dez mil vezes. Porque, ainda por cima, você não pode abrir o vidro, por causa dos assaltos, que também aumentam muito nesta época do ano. Uns têm a teoria de que os bandidos aproveitam o mês para faturar o décimo-terceiro. Outros acreditam simplesmente que é efeito do aumento do número de turistas, o que também contribui para os engarrafamentos, uma vez que boa parte do turismo que recebemos é interno, e muita gente vem de carro. Claro que só isso não seria o suficiente: além de mais turistas e mais assaltos, temos também um monte de gente com dinheiro no bolso e nenhum medo de gastá-lo. E o que fazem todas essas pessoas? Saem às ruas, claro! Preferencialmente de automóvel, que ninguém é de ferro. E para relaxar depois das compras, a melhor pedida é a dar uma voltinha na Lagoa Rodrigo de Freitas para apreciar a árvore de Natal, não se esquecendo de ir, no máximo, a 20 km/h, já que nesta época do ano ninguém está com pressa mesmo. Ah... Dezembro!
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Acho que estou de volta.