Ora, veja só. Não sabia que já tinha saído teaser trailer de Ratatouille, filme da Pixar dirigido pelo genial Brad Bird. Parece promissor. (Uma curiosidade: a voz do garçom é feita pelo próprio Brad Bird).
E também não sabia dessa outra animação da Disney, Meet The Robinsons. Tem viagem no tempo, e isso é meio caminho andado para angariar minha simpatia. Assistam ao teaser, visualmente impecável.
Quando o time em questão é a França, é sempre bom tomar cuidado com esse negócio de "revanche!", "vingança!" e similares. Muita gente achou que em 98 iríamos à forra por 86, e todo mundo sabe o que aconteceu. Ainda assim, o Brasil tem obrigação moral de vencer a França. Por favor, é um time que conseguiu ficar em segundo lugar no grupo que teve a Suíça como primeira colocada. Quem viu a pelada entre Suíça e Ucrânia sabe o quanto isso é vergonhoso.
Todo cuidado é pouco, no entanto. Se desta vez não tivermos convulsões misteriosas no meio do caminho, temos que estar precavidos contra os egos gigantescos dos senhores Roberto Carlos e Cafu, sempre dispostos a botar água no chope da nação verde-e-amarela. Esses dois, mais Emerson, multiplicados pela teimosia de Parreira, são equação perfeita para o desastre. Se alguém tivesse presença de espírito e condições de promover o encontro entre uma marreta e os joelhos dos nossos laterais anciões, mereceria uma medalha por serviços prestados à pátria. Pena que isso não vai acontecer.
Mas se fizermos o trabalho direitinho e conseguirmos passar pelos franceses, existe a chance de encontrarmos Portugal nas semi-finais (se por uma infelicidade eles encaçaparem os ingleses no sábado - e digo isso literalmente, considerando o método Street Fighter usado pelo time luso), e o Brasil terá novamente obrigação moral de vencer. Tem que haver algum tipo de justiça no mundo que impeça o Felipão de se dar bem duas vezes seguidas.
Um amigo meu me mandou este vídeo. É uma nova tecnologia desenvolvida pela New York University e já patenteada pela Apple. Fascinante e totalmente Minority Report.
Tudo que sobe desce Tudo que vem tem volta The Fevers, em "Elas Por Elas"
Em 2002, a Itália foi garfada por erros muito suspeitos de arbitragem no jogo contra a Coréia do Sul pelas oitavas-de-final. Dois gols anulados e um pênalti inexistente a favor dos coreanos. Naquele dia, o técnico da seleção asiática, Guus Hiddink, comemorou. Hoje, o destino veio cobrar a vitória imerecida. Dirigida pelo mesmo Hiddink, a Austrália perdeu de 1 a 0 para a Itália graças a um pênalti que também não existiu. Bem feito.
Agora só falta a Espanha acertar as contas por ter sido eliminada injustamente pela mesmíssima Coréia nas quartas-de-final. Tomara que não sobre pro Brasil.
Meu "segundo time", a Holanda, foi eliminado num jogo que deve ter agradado aos fãs de vale-tudo. Tudo começou com uma entrada violenta de Boulahrouz no marrentinho Cristiano Ronaldo, que acabou sendo substituído por causa da contusão. Orientado por Felipão, Costinha (não dá pra respeitar um jogador com um nome desses) iniciou o revide portugês e foi o primeiro a ser expulso. O que se viu a partir daí foi um festival de empurrões, carrinhos por trás e até uma cabeçada desferida por Figo quando o juiz não estava olhando. A certa altura, a Reca sugeriu que, se a Holanda empatasse e nada ficasse decidido na prorrogação, os pênaltis fossem substituídos pela luta no gel. Sem dúvida, o jogo mais ultrajante da Copa.
O lance mais acintoso foi um pênalti não marcado a favor da Holanda, quando um jogador português deu uma voadora no ombro de um dos neerlandeses dentro da grande área. O juiz preferiu marcar um impedimento inexistente que teria antecedido a agressão. Como se isso não bastasse, tive ainda que aturar os comentários pró-portugual de Galvão Bueno, como se a culpa da violência em campo fosse exclusivamente holandesa, e os portugueses, pobres vítimas. Tenho boa vontade com a narração do Galvão em jogos do Brasil, por considerá-la folclórica, apesar (e por causa) das besteiras ditas e das idéias fixas bizarras (como ficar repetindo "tempo extra" a cada frase no segundo tempo de Argentina e México). Mas nessa partida não deu. Tivemos que mudar pra ESPN Brasil.
Depois da vergonhosa atuação de Portugal, acho muito curioso a imprensa ainda livrar a cara de Felipão, responsável pela conquista mais insossa do Brasil em Copas. A capa do caderno de Esportes dO Globo de amanhã, por exemplo, atribui a vitória portuguesa à "raça" e ao "coração". Pelo visto, deslealdade e antiesportismo mudaram de nome. Gostei foi do comentário de um sujeito na ESPN, que disse que Scolari se comporta na Copa do Mundo como se estivesse num jogo de Truco. Para mim, a imagem mais marcante da partida foi justamente o contraste entre a elegante impassibilidade do técnico Van Basten e o chilique histérico de Felipão. Eu não tinha como não torcer pelo holandês.
Claro que, no fim das contas, a Holanda mereceu perder. Era um time bem mais fraco do que seleções holandesas anteriores, abusou do direito de perder gols e caiu direitinho no joguinho psicológico de Felipão. Mas, ao mesmo tempo, Portugal também não merecia ganhar.
Podem ter certeza de que torcerei loucamente pela Inglaterra nas quartas-de-final.
Tenho uma coisa em comum com o Buchecha, aquele que era parceiro do Claudinho: também gosto de ler dicionários. Volta e meia eu pego um copo de mate, faço um sanduíche, me sento à mesa com um dicionário na frente e leio verbetes aleatórios. A diferença é que, ao contrário do Buchecha, não deixo este passatempo interferir na minha, ahn, "obra".
Imagina só, você está lendo um texto aparentemente normal aqui no blog quando, de repente, se depara com um "falaz" adjetivando alguma coisa. Você prossegue, ainda não refeito do susto, e surge sem aviso um "manengüera". Aí, logo depois, eu solto um "arregoar" e você desmaia. Não ia ser nada legal.
A matéria de capa do Rio Show de hoje mencionou a existência de uma coisa que me deixou perplexo: o personal iPodder. Na verdade, já tinha lido sobre isso antes, mas a letargia habitual provavelmente me impediu de comentar aqui. O "organizador musical" (argh!), geralmente um DJ, chega a cobrar R$ 2 mil para selecionar músicas para o iPod do cliente. Sério, tudo isso só para organizar umas musiquinhas. Tem jornalista que trabalha feito o diabo e não ganha isso num mês. Os personal iPodders ganham numa sentada no computador.
Se a pessoa precisa de alguém para selecionar as músicas do próprio iPod, ela não deveria ter um iPod. Selecionar as próprias músicas não deveria fazer parte da diversão? Parece lógico para mim. No meu mundo seria assim. Quem contrata um personal iPodder me passa a impressão de que só tem um iPod porque ter um é cool. Ou que tem um iPod só porque PODE (ok, com trocadilho, mas, cruzes!).
Queria entender também o que acontece se você quiser mudar a seleção musical. Tem que pagar a mesma coisa ou rola desconto? Ocorreu-me que talvez os clientes dos personal iPodders sejam o tipo de pessoa que consegue armazenar em 4 giga todas as músicas que vai ouvir pelo resto da vida - o que explicaria o preço absurdo, por se tratar de investimento extremamente duradouro. Isso é mais estranho do que querer comprar dicionário de latim. Não consigo compreender.
(Você pode interpretar esse texto tanto como um "Por que eu não pensei nisso antes?", quanto - e principalmente - como um "Odeio não ter dinheiro").