ASSOAR O NARIZ EM SOLEu me deparei com um livro do Oliver Sacks em destaque num dos corredores da
Fnac. A princípio, não dei muita bola. Achei que fosse um que eu já tivesse. Só depois reparei na etiqueta de "preço verde", desconto que costuma ser dado a lançamentos ou itens que eles querem desencalhar. Após uma olhada mais atenta, não foi difícil perceber que se tratava do primeiro caso. Eu estava diante da edição nacional do
Musicophilia, assunto do meu antepenúltimo post, e cujo nome — como os mais sagazes já viram na imagem acima — foi vertido para o português como
Alucinações Musicais: relatos sobre a música e o cérebro. (Prefiria simplesmente
Musicofilia, uma vez que o livro não trata só de alucinações, mas acho que na cabeça dos editores esse nome deve vender mais. Uma coisa meio
A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça no lugar de
A Lenda do Vale Adormecido). O adesivo vermelho deixava a situação ainda mais emocionante: lançamento mundial no Brasil. Quem diria...
É claro que eu comprei na hora.
Ainda não comecei a ler, mas já deu para sentir o gostinho pelos nomes dos capítulos. Alguns:
— "Medo de música: epilepsia musicogênica";
— "
Brainworms: música que não sai da cabeça";
— "O papa assoa o nariz em sol: o ouvido absoluto";
— "Em estéreo ao vivo: por que temos dois ouvidos";
— "O tom do verde-claro: a sinestesia e a música";
— "Dedos fantasmas: o caso do pianista sem braço";
— "Uma espécie hipermusical: a síndrome de Williams".
E por aí vai. Existe alguém que não ache isso fascinante?