CULTURA INÚTIL É O QUE HÁJornais, revistas e canais de TV só falam de uma coisa: Papa. Querendo fugir do bombardeio monotemático da mídia convencional, você resolve apelar para os blogs. Vem parar aqui, no Repolhópolis™ ("mas que nome estúpido!"), e o que encontra? Mais Papa! Sim, porque eu, pessoa influenciável que sou, ultimamente só falo de assuntos de cunho papal.
Cabe ressaltar, porém, uma vantagem (?) do Repolhópolis™ em relação aos veículos tradicionais: aqui você só encontra informações que ninguém quer saber.
Como, por exemplo, uma lista com o nome de todos os Papas, cortesia da maravilhosa enciclopédia do meu quarto. Até pensei em digitá-la, mas era muito Papa. Teve que rolar uma escaneamento básico. A lista está em duas partes, porque é muito grande:
de São Pedro (ano desconhecido) até Nicolau II (1059) e
de Alexandre II (1061) até João Paulo II (1978). Admita, você não sabe como viveu até hoje sem essa informação.
Agora, uma análise tosca e curtinha sobre os nomes dos Papas. Nos últimos 500 anos, percebe-se uma forte tendência Clementina. Mas quem ganha mesmo são os Pios. De meados do século XVIII até agora houve sete Pios. Poderia ser uma pista para o nome do próximo Papa: Pio XIII. Mas não boto fé, por causa da ligação do Pio XII com o nazismo.
Na verdade, eu torço mesmo é por um nome de Papa que não é usado desde o século XII: Vítor (oh!). Sim, eu também não sabia, mas Vítor é nome de Papa. Ao longo da história, quatro Papas adotaram este nome:
São Vítor I - foi Papa de 189 a 199. Faleceu em Roma;
Vítor II - ou Gebhard, conde de Dollinstein-Hirschberg, foi Papa de 1055 a 1057. Faleceu em Arezzo;
Beato Vítor III - nascido em Benevento em 1027, foi Papa de 1086 a 1087. Faleceu em Monte Cassino.
Vítor IV - ou Ottaviano Di Monticelli, nasceu em Tívoli em 1095. Na verdade, foi um antipapa (eleito irregularmente, não reconhecido pela Igreja) que Frederico Barba-Roxa contrapôs ao papa legítimo, Alexandre III. Esse tinha moral, hein? Ficou no cargo de 1159 a 1164. Faleceu em Lucca.
Pois é isso. No mundo perfeito temos Lubomyr Husar (o barbudo do post abaixo) eleito Papa e adotando como nome de guerra
Vítor V. Pô,
Vítor V! Dá até para fazer um emblema de super-herói com um nome desses.
Aposto que a
comunidade dos Vítores no Orkut ia ficar em polvorosa. Sem contar que eu ia gostar muito mais de me apresentar a desconhecidos:
— Como você se chama?
— Vitor.
— Que nem o Papa?
— Exatamente.
— Me dá um autógrafo?
Se isso acontecesse, talvez eu até passasse a considerar o catolicismo uma religião viável. Ou não.