O MISTÉRIO DO TAFF MAN-E (PARTE 2)No domingo passei numa loja de conveniência e adquiri por R$2,80 uma garrafinha de Taff Man-E. Segunda-feira, dia 14 de março, já estava tudo pronto para a minha degustação científica sem precedentes na história da baixa gastronomia. Acompanhem a seguir o registro fotográfico comentado da experiência. Todas as fotos foram tiradas pela minha digníssima
namorada, que certamente me ama muito para aceitar ser envolvida nesse tipo de coisa.
A PREPARAÇÃOAí vocês podem me ver segurando o temível isotônico fabricado pela Yakult. Reparem na minha expressão extremamente científica e profissional. Tive uma certa dificuldade para abrir a garrafinha, o que considerei um sinal de "PERIGO! NÃO BEBA!". Por um momento pensei em retroceder, mas logo me convenci de que um cientista não pode se sujeitar a esse tipo de covardia boboca. Fui em frente.
FACE A FACE COM O INIMIGONesta outra imagem vocês podem me ver já sorvendo o líquido. Antes de ingeri-lo, porém, senti o leve odor de remédio que saía da garrafa e, confesso, tremi. "Não deve ser pior do que novalgina", foi o meu último pensamento antes das papilas gustativas entrarem em contato com a substância.
A REAÇÃOEis o exato momento em que meu cérebro recebeu as informações provenientes do contato da minha língua com a bebida marronzinha. Pela contração dos meus músculos da face vocês podem ver que não foi nada agradável.
A REJEIÇÃOAqui, após o primeiro gole de Taff Man-E já ter descido pelo esôfago, evidencio minha desaprovação num gesto claro de repulsa, afastando a garrafa do rosto e mostrando os dentes. Ainda faltavam alguns goles para acabar com o conteúdo do frasco. Meio a contra-gosto, dei cabo do líquido, não sem antes oferecer um gole a minha namorada, que não gostou, mas também não achou repugnante.
GARRAFA VAZIANo que ela tem uma certa razão. Apesar da minha reação exagerada, tive que reavaliar minha impressão sobre o Taff Man-E. Vamos aos fatos positivos:
1) O
aftertaste não é prolongado, nem forte. Alguns minutos depois não sentia mais gosto nenhum de Taff Man-E na boca;
2) Tem apenas 110 ml. O que significa que dura pouco;
3) Seu gosto não é tão ruim quanto de um xarope para tosse. Assemelha-se, na verdade, ao do Novalgina, porém mais atenuado.
Basicamente, Taff Man-E
não faz xarope de Polaramine parecer vinho do Porto, e entre Taff Man-E e urina, certamente escolho beber Taff Man-E. No fim das contas, diria que o resultado foi favorável ao isotônico, considerando sua baixíssima nota de partida. Digamos que no dicionário ilustrado ideal a garrafinha de Taff Man-E não estaria mais ao lado do verbete "intragável", e sim ao lado de "desagradável". Já é uma melhora.
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Isto, porém, não soluciona o mistério do Taff Man-E. Apesar de nos comentários do post anterior terem surgido dois fãs de Taff Man-E (a saber:
Kadu e
Fasa), o que aparentemente desmoralizaria a minha teoria, ambos admitem que não consomem mais o isotônico. O primeiro alega o fator-preço, e o segundo o surgimento no mercado de bebidas melhores, como o Gatorade (que considero infinitamente melhor do que a bebida da Yakult). Desta forma, a pergunta persiste: quem, afinal, bebe Taff Man-E hoje em dia?
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Maiores informações sobre o Taff Man-E, como ingredientes, valores nutricionais e modo de conservação, podem ser encontradas
aqui.
Sempre lembrando que a ingestão de Taff Man-E não é recomendada para gestantes, nutrizes e crianças até 3 anos sem a orientação prévia de médico ou nutricionista.