A EXTINÇÃO DOS ESTETASA maior parte da população mundial não tem nenhum senso estético. Se eu pegar o primeiro cidadão-comum que estiver passando na rua, sentá-lo na frente de um computador com o Powerpoint aberto e mandá-lo preparar uma apresentação sobre o tema "Repolhópolis", o primeiro slide provavelmente será alguma coisa assim:
É batata. Para a pessoa
esteticamente prejudicada (termo que aqui não é usado como eufemismo para "feia") o negrito nunca é suficiente. Ela tem que usar todos os recursos possíveis para destacar o elemento mais importante de uma composição visual. Tem que aplicar itálico, sublinhado e ainda botar uma sombrinha. Acha que preto é muito sem graça e escolhe a cor mais fosforescente possível - "para dar mais destaque". Nunca lhe passa pela cabeça usar uma fonte que não seja Arial ou Times New Roman e que tenha mais de 72 pontos de tamanho.
Com a democratização dos programas de edição de imagem, a coisa ficou ainda pior. Vamos deixar agora o cidadão-comum na frente de um computador com Photoshop aberto e ensinar-lhe o moderno conceito do "Bevel and Emboss". Melhor ainda, vamos explicar como aplicar padrões no fundo e informá-lo das possibilidades do "Warp Text". Agora vejamos como ficaria um logotipo
esteticamente prejudicado do
Repolhópolis™:
Não espero que todo mundo vire designer do dia pra noite, até porque muitos designers também não têm senso estético (os caras que criaram a
Marca Brasil são um bom exemplo). Mas o mínimo de noção visual certamente tornaria o mundo um lugar melhor - e possivelmente menos feio.
Pela criação do Mobral Estético!