OS CUMÊ TÁ NA MESA
Na sexta-feira passada saiu o resultado da eleição do
Rio Show para os melhores restaurantes da cidade. O que mais me chamou a atenção foi a falta de nexo na seleção dos jurados. Tirando a crítica de restaurantes do próprio suplemento e a editora do caderno Ela (que também é especialista em gastronomia) o resto do júri é triste de doer. O que dizer do fulaninho descrito como "Stylist que só sai pra comer em grupo"? E do "Arquiteto que come bem tanto fora quanto dentro de casa"? O que me importam as opiniões do "Diretor de TV que almoça e janta fora quase todo dia" e da "Estilista que preza a estética também nos pratos"? Pior que esses acho que só o "Distribuidor de cinema que topa qualquer aventura gastronômica". Que credenciais são essas? Como tais características podem qualificar um júri de gastronomia? Fiquei pensando em como eu seria apresentado se fosse da "panelinha" (com trocadilho) e me convidassem para integrar o júri. O que seria mais apropriado? "Vitor Dornelles, jornalista cuja sogra cozinha muito bem" ou "Vitor Dornelles, jornalista e onívoro"?
E ainda tem gente que acredita no que lê no jornal.