ESTICANDO A POLÊMICA
Chegaram meus ingressos para o
Curitiba Pop Festival. No verso, há aquelas regrinhas básicas para espetáculos em geral: celulares desligados, proibido o uso de dispositivos de gravação de som ou imagem, bilhete válido somente para data, hora e local impressos etc. No entanto, alguns dos tópicos chamam a atenção. A saber:
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3. A produção se reserva no direito de alterar, trocar ou modificar a programação artística, elenco e suas datas sem aviso prévio"
Ou seja, se o Pixies cancelar a vinda ao Brasil, te fodeste. Se estás com tudo acertado para ir a Curitiba em maio e resolvem mudar o festival para agosto, entraste pelo cano também.
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5. É dada a produção,(sic) o direito de não permitir a entrada após o horário do início do espetáculo impresso no bilhete"
Para mim isso significa que eles não têm controle do número de ingressos que venderam e, se lotar, seja por excesso de penetras ou por ingressos vendidos a mais, eles fecham os portões. Porque não faz sentido: se existem três mil lugares e três mil ingressos foram vendidos, cada um entra na hora que quiser. Nunca vi isso. Como se show fosse sessão de cinema...
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Mas a melhor de todas, de longe, é esta:
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8. O possuidor deste bilhete assume todos os riscos que podem se suceder durante o evento, eximindo os organizadores de responsabilidade de quaisquer danos que possa sofrer"
Ou, trocando em miúdos, SE DER MERDA A CULPA É SUA!
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Engraçado eles só avisarem isso agora que o ingresso já está pago.
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Nasi e
Nishi (vejam, um nome ruim de dupla sertaneja!), não acho tão moleza assim falsificarem os ingressos. Tudo bem, a impressão é tosca, não parece ter sido a laser, mas a jato de tinta, e o papel também é fácil de arranjar. Mas ele tem código de barras numerado e marca d'água, além do picotado ser difícil de reproduzir. Fora isso, tem aquele adesivo
mezzo holográfico da Calvin Entretenimento. Só mesmo um verdadeiro discípulo de
Frank Abagnale Jr. para forjar uma cópia. Ou o de vocês por acaso é diferente? Era só o que faltava.