É DAQUI A POUCO
Piscina do hotel em que eu vou ficar
Nestes momentos que antecedem a minha ida à rodoviária, faço uma pausa para reflexão.
Eu nunca fiquei tanto tempo longe de casa. Nem em viagens. Acho que o máximo de tempo em que me afastei do meu quarteirão foram 17 dias. E eu estava com os meus pais. Esta é a primeira vez em que eu vou realmente morar sozinho, numa cidade nem-tão-desconhecida-assim (afinal, visito São Paulo regularmente desde que tenho dois anos de idade). Por mais que eu conheça um monte de pessoas lá (minha cunhada, meus padrinhos, meus primos, alguns amigos da faculdade e até mesmo amigos da minha cunhada) dá um certo frio na barriga.
— Caralho, Vitor! Mas você só vai ficar lá por UM MÊS E MEIO!
— Eu sei. Mas dá licença para eu ser um pouquinho dramático?
— Claro!
— Valeu.
Não vai ser difícil só porque eu vou ficar longe das comodidades da minha vidinha tranqüila, como o meu quarto, a minha cama, os meus CDs e o meu carro, mas também porque vou estar a muitas milhas de distância de um monte de pessoas importantes para mim, como meus pais, minha irmã e meus amigos - que são poucos, porém ótimos.
Vai ser bem complicado, admito. Mas a pior parte não é essa. O maior desafio, indiscutivelmente, vai ser agüentar a saudade que vou sentir dela. E o meu frio na barriga só aumenta.
Mas, enfim, é assim que a gente cresce.
p.s.: Darei notícias. Cuidem-se.