fevereiro 24, 2009

 
RÁDIO REPOLHO #28 (EDIÇÃO INSAMBÁVEL)

Em homenagem ao reinado de Momo, uma nova edição do Cabbage Radio. Desta vez tomei cuidado para que todas as músicas fossem completamente insambáveis. Dou um prêmio pra quem conseguir sambar ao som de qualquer uma delas (mas exijo prova em vídeo). Garanto que você não vai sentir nenhuma vontade de sacar um pandeirinho, nem de dar uma reboladinha. Pelo contrário, as reações mais prováveis são vontade de empunhar uma guitarra imaginária, ficar deprimido na banheira, ver a chuva caindo lá fora, ou ainda quebrar todos os seus móveis — não necessariamente ao mesmo tempo e nessa ordem. Divirtam-se, pois. E não se esqueçam da serpentina.

besuntado por Vitor Dornelles 01:35



fevereiro 22, 2009

 
UMA SOLUÇÃO PARA O CARNAVAL (OU QUASE)

Vamos começar pelo óbvio: eu odeio carnaval. Houve uma época em que o Rio de Janeiro era um bom lugar para pessoas como eu. O único evento carnavalesco era o desfile das escolas de samba, que sempre foi uma coisa eminentemente turística. Havia também os bailes, mas nesse tempo já estavam em decadência e não chegavam a ter muito apelo junto aos cariocas. O resultado era que a cidade ficava vazia. Quando alguém me perguntava onde eu ia passar o carnaval e minha resposta era "no Rio", tinha certeza de receber de volta uma expressão de quem pensava "coitado!" ou "que loser!". Não que isso me incomodasse. Sempre gostei de ser loser. E achava ótimo ter a cidade pra mim. As ruas vazias, ninguém nos cinemas, só um bando de turistas reunidos ali ao lado da Praça Onze para ver um pessoal com penachos na cabeça, andando por uma ruazinha que chamam de avenida, ao som de músicas invariavelmente parecidas.

Até que tiveram a idéia de ressuscitar os blocos.

Lembro de assistir pela TV ao carnaval de Salvador, aquela multidão se espremendo atrás de uns caminhões esquisitos que tocavam música ruim, e pensar em como era bom nada daquilo existir por aqui. Claro, o Rio de Janeiro fora conhecido pelo carnaval de rua em tempos idos. O avô da minha esposa, por exemplo, que acabou de fazer 100 anos, costumava se divertir nestes folguedos quando era jovem — pra vocês terem uma idéia de quão idos eram os tempos. Julgava, portanto, que os blocos estavam relegados às fotos em preto e branco e aos relatos dos saudosistas.

Alguns anos atrás, porém, começou um movimento esquisito. Você ouvia falar aqui e ali de alguém que ia em algum bloco, e se perguntava se aquela pessoa não estava delirando. "Bloco? Mas isso ainda existe?", e dava uma risadinha do coitado, todo animado indo pro bloco que provavelmente só existia na imaginação. Só que, à medida que o tempo passava, mais gente começava a ir aos tais blocos.

Aconteceu numa progressão geométrica. Quando dei por mim, o Rio já estava tomado por blocos — com uma bela ajudinha da antiga prefeitura, que não fez nenhuma questão de controlar sua proliferação. E eis que aconteceu o que eu julgava impossível: voltou a ser cool passar o carnaval no Rio. Graças aos blocos, agora só uma minoria deixa a cidade durante o feriado. Não é à toa que é impossível sair de casa durante o carnaval e não ficar preso num engarrafamento causado por algum bloco. Hoje mesmo fiquei preso num, lá no Jardim Botânico.

O problema é que os blocos estão grandes demais. Já reúnem muito mais gente que os desfiles das escolas de samba. Como vocês podem imaginar, virou uma bagunça só. Além dos engarrafamentos, os blocos estão se tornando um transtorno para os próprios freqüentadores, que sofrem com falta de banheiros, superlotação e falta de segurança. Alguma coisa precisa ser feita.

Foi aí que eu tive uma idéia. Porque, embora eu odeie carnaval, não quero estragar a folia de ninguém (mesmo sabendo que os foliões não dão a mínima pro meu direito de ir e vir). Sou, antes de tudo, um pragmático, que sabe que a extinção dos blocos é bastante improvável. Por isso, voltando a minha idéia, é necessária, o quanto antes, a criação de um blocódromo.

Aliás, vou mais longe: precisamos urgentemente criar blocódromos, no plural, um para cada área. Seria ingênuo pensar que o resolveríamos o problema criando apenas um blocódromo localizado, sei lá, no cais do porto. O grande apelo dos blocos é ser perto de onde as pessoas moram. Muita gente vai aos blocos simplesmente porque eles passam perto, ainda que hoje em dia o negócio tenha tomado proporções tão gigantescas que muita gente faz roteiro para circular por vários blocos (minhar irmã se programou para ir em pelo menos 10 este ano). Por isso, a idéia só tem chance de dar certo se forem vários blocódromos. Um para Leblon e Ipanema, outro para Copacabana, outro para Botafogo e Humaitá, mais um para Centro e Santa Teresa. Enfim, vocês captaram a idéia.

Mas no que consistiriam os blocódromos, afinal? Bem, é essa parte que eu acho legal, porque ainda por cima geraria empregos. Eles seriam como cidades cenográficas, réplicas de quadras de alguns bairros, com prédios, bancas de jornal, latas de lixo e até estabelecimentos comerciais. Os empregos seriam gerados não só botando lojas nos bairros cenográficos, mas principalmente na figuração. Gente interpretando jornaleiro, gari, morador de prédio e até mesmo motorista impaciente. Tudo para recriar ao máximo a experiência do bloco real, sem que o trânsito seja tão prejudicado como é hoje em dia. Com uma estrutura pensada exclusivamente para atender aos blocos, acabariam os problemas com falta de banheiro e, principalmente, segurança.

O único problema é onde construir tais blocódromos. Mas esse problema eu deixo para as autoridades competentes. O fato é que temos que agir logo, porque hoje eu fiquei sabendo que os ranchos também estão voltando. Veja bem, RANCHO! Se não fizermos alguma coisa agora, pode ser tarde demais.

besuntado por Vitor Dornelles 20:02



fevereiro 08, 2009

 
PREENCHENDO ESPAÇO

Ih, só agora eu vi que me passaram uma corrente. Na verdade é bem parecida com esta aqui, que eu publiquei em 2004. Só muda o número da página. E também não tinha que repassar. Mas vamos lá de novo:

1. Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2. Abra-o na página 161;
3. Procurar a 5ª frase completa;
4. Postar essa frase em seu blog;
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6. Repassar para outros 5 blogs.

Eu estava bêbado, portanto lúcido, a balbúrdia ao redor tanto podia ser a China como um planeta desconhecido, meu umbigo se achava a uma distância infinita das minhas mãos, e eu nem sabia ao certo se minhas mãos eram pretas ou eram brancas, nem mesmo se eram as minhas mãos. (A Lua Vem da Ásia, em Obra Reunida, de Campos de Carvalho)

Não repasso correntes, mas se alguém quiser fazer também, sinta-se à vontade.

besuntado por Vitor Dornelles 20:11



fevereiro 02, 2009

 
THE PENNSYLVANIA POLKA



E agora, a notícia do dia: Groundhog bites NYC mayor on its big day.

besuntado por Vitor Dornelles 23:40



Google
 
Web repolhopolis.blogspot.com

Oba Fofia
A Vida Tem Dessas Coisas
Alexandre Soares Silva
Anamorfoses
Bard do Moe
Barriga Verde
Big Muff
Bla-Bla-Blog
Bumerangue!
Coisinha Supimpa
Copy-Paste
De Volta A Zenn-La
Dois Vezes Um
Esferográfica
Escrevescreve
Eufonia
Failbetter
Filthy McNasty
Gi em SP
H Gasolim Ultramarino
Letras Mortas
Londrisleblogui
Longo Caminho
Los Olvidados
Marcão Fodão
Mau Humor
Nobre Farsa
Noites Na Cidade
Non Sequitur
Os Conspiradores
Palmeirense Falador
Pensar Enlouquece
Perséfone
Pulso Único
puragoiaba
Radar Pop
Rapadura Açucarada
Ricardo Westin
Tédio Profundo
Terceira Base
These Are The Contents...
TV e Cerveja
Veríssimos
24/7
Zeus Era Um Galanteador


Bitter Films
KCRW
Miniclip
xkcd
Orisinal
Pitchfork
the ispot






This page is powered by Blogger. Isn't yours?


View My Stats

Creative Commons License
Blog licensed under a
Creative Commons
License




  • julho 2003
  • agosto 2003
  • setembro 2003
  • outubro 2003
  • novembro 2003
  • dezembro 2003
  • janeiro 2004
  • fevereiro 2004
  • março 2004
  • abril 2004
  • maio 2004
  • junho 2004
  • julho 2004
  • agosto 2004
  • setembro 2004
  • outubro 2004
  • novembro 2004
  • dezembro 2004
  • janeiro 2005
  • fevereiro 2005
  • março 2005
  • abril 2005
  • maio 2005
  • junho 2005
  • julho 2005
  • agosto 2005
  • setembro 2005
  • outubro 2005
  • novembro 2005
  • dezembro 2005
  • janeiro 2006
  • fevereiro 2006
  • março 2006
  • abril 2006
  • maio 2006
  • junho 2006
  • julho 2006
  • agosto 2006
  • setembro 2006
  • outubro 2006
  • novembro 2006
  • dezembro 2006
  • janeiro 2007
  • fevereiro 2007
  • março 2007
  • abril 2007
  • maio 2007
  • junho 2007
  • julho 2007
  • agosto 2007
  • setembro 2007
  • outubro 2007
  • novembro 2007
  • dezembro 2007
  • janeiro 2008
  • fevereiro 2008
  • março 2008
  • abril 2008
  • maio 2008
  • junho 2008
  • julho 2008
  • agosto 2008
  • setembro 2008
  • outubro 2008
  • novembro 2008
  • dezembro 2008
  • janeiro 2009
  • fevereiro 2009
  • março 2009
  • abril 2009
  • maio 2009
  • junho 2009
  • julho 2009
  • agosto 2009
  • setembro 2009
  • outubro 2009
  • novembro 2009
  • dezembro 2009
  • janeiro 2010
  • fevereiro 2010
  • março 2010
  • abril 2010
  • maio 2010
  • julho 2010
  • Current Posts