outubro 27, 2006

 
BUGALHOS

Juro que não entendo esse pessoal fazendo campanha pró-Lula. Como se ele fosse muito diferente do Alckmin. O resultado desse 2º turno não vai fazer a menor diferença pra gente — a não ser, claro, que você faça parte da panelinha vencedora.

Por isso, não vejo motivo para e-mails exaltados provando por A + B que os dois governos do FHC foram uma merda. Sério? Eu estava em Júpiter e não fiquei sabendo! O que deixa a coisa toda patética é que o objetivo desses e-mails é me convencer de que o governo do Lula foi muito melhor. Desculpaí, mas foi tudo a mesma porcaria. Quer dizer, minto. Pra ficar tudo EXATAMENTE a mesma porcaria, o Lula só precisa de mais 4 anos — o que deve se confirmar no próximo dia 29.

Até compreendo o pessoal de esquerda que não admite votar no Alckmin (mas acho estranho, porque eles agem como se fosse o equivalente a votar no Hitler) e, por uma espécie de fidelidade ideológica (coisa perigosíssima, eu acho, mas isso é já é outra história), acaba votando no tal "candidato do povo". Ok, o voto é uma escolha pessoal. Mas, por favor, não fique por aí fazendo alarde como se o seu voto fosse "pelos fracos e oprimidos" ou "a única opção ética". É só a merda que você preferiu.

****

Como eu dei mole e tudo que eu queria ver no TIM Festival daqui esgotou, tive que comprar ingresso para a edição paulista do evento. Foi uma feliz coincidência, pois estarei em São Paulo bem no dia da eleição e não poderei votar. Obrigado, TV On The Radio!

besuntado por Vitor Dornelles 10:38



outubro 20, 2006

 
RÁDIO REPOLHO #11 (e #12)

Como fazia muito tempo que não tinha uma edição, botei logo duas de uma vez. Confiram.

besuntado por Vitor Dornelles 12:00



outubro 18, 2006

 
LOBO COMO EU





Tv On The Radio e o melhor clipe que eu vejo em muito tempo.

E, sim, isso pode ser considerado um daqueles posts especiais que eu faço antes de cada TIM Festival.

besuntado por Vitor Dornelles 18:00



outubro 17, 2006

 
ESQUÁLIDUS

Achei essa idéia genial.

Eu sou meio obcecado com esse negócio de futuro. Lembro que, na época do curso da Folha, quando o tema do nosso caderno especial ainda era o funcionamento da cidade de São Paulo, a última página seria dedicada à "São Paulo do futuro". Não sei se fui eu quem sugeriu esta seção — gosto de pensar que sim — mas o fato é que me voluntariei imediatamente para ser o responsável pela página (em parceria com o Batata, que não parecia tão feliz com a idéia e certamente me achou muito esquisito por estar tão animado).

Mas, como sempre acaba acontecendo, o tema foi sendo reduzido e virou um especial sobre as "redes paulistanas" — coisas como os sistemas de transporte e de telecomunicações, por exemplo — e eu fiquei com a nada fascinante rede de água e esgoto (o que me levou a conhecer a Estação de Tratamento de Água do Guaraú e a Estação de Tratamento de Esgoto de Barueri, da qual tenho péssimas recordações). Uma lástima.

Eu também sou a favor de todo tipo de preservação doidona da memória, como enterrar uma caixa cheia de coisas misteriosas que só deve ser aberta daqui a 10 mil anos, ou mandar pro espaço imagens e sons característicos da Terra, para que os ETs pensem que nós somos sangue-bão e não queiram nos destruir se tiverem a oportunidade. Eu mesmo, no meu aniversário de 20 anos, passei uma lista para os meus convidados onde eles deveriam fazer perguntas que eu só responderia no meu aniversário de 30. Nem preciso dizer que ela está muito bem guardada, esperando o momento de ser aberta. E, se eu chegar aos 80 anos e ainda não tivermos feito contato, prometo me esforçar para mandar alguma coisa para o espaço também.

Falando nisso, cheguei à conclusão de que desde criança eu penso em maneiras de ajudar os historiadores do futuro. A primeira e mais simples — adotada por mim até hoje — era nunca abreviar o ano no cabeçalho do caderno. Enquanto todos meus amiguinhos achavam divertidíssimo escrever datas como 8/8/88, eu não via a menor graça, pois o certo era 08/08/1988. Mas o que mais me surpreende hoje em dia é que eu realmente acreditava que um historiador do futuro poderia se interessar pelos meus cadernos da 2ª série. De qualquer maneira, se tivessem me consultado na época, não teria havido o stress do bug do milênio. Infelizmente, parece que ninguém aprendeu a lição e as pessoas continuam abreviando 2006 para 06. Acho que eu sou mesmo um dos únicos seres preocupados em facilitar a vida dos historiadores do futuro.

besuntado por Vitor Dornelles 21:12



outubro 08, 2006

 
VAMOS FUGIR

Teve esse debate presidencial na Bandeirantes, né? Confesso, envergonhado, que até assisti a algumas partes. E só tenho três comentários a fazer.

Sobre o Lula: É um idiota completo.
Sobre o Alckmin: Tem um péssimo gosto para gravatas.
Sobre o debate: Estamos perdidos, não importa quem ganhe as eleições.

Quando é que sai o próximo trem pro Canadá?

besuntado por Vitor Dornelles 23:43


 
CONFISSÕES DE UM NEO-CABELUDO

Toda vez que eu me olho no espelho tenho vontade de cantar "Fever Dog", do Stillwater, ou alguma música mais animada do The Mamas and the Papas. Isso que dá ficar mais de 6 meses sem ir ao barbeiro.

besuntado por Vitor Dornelles 22:26



outubro 03, 2006

 
A PAIXÃO DE MR. GREG





São coisas como esta que fazem da experiência de ir ao Festival do Rio algo radicalmente diferente (e mais interessante) do que uma ida casual ao cinema. Você assiste a um documentário sobre chinlone — bizarro e fascinante esporte praticado apenas em Mianmar (ou Birmânia, para os saudosistas) —, que consiste em cerca de uma hora e meia de cenas impressionantes do jogo intercaladas pelos depoimentos apaixonados de um canadense que, por razões só explicáveis pela existência do destino, virou uma espécie de embaixador do esporte, a ponto de fazer um filme sobre o tema no qual é também personagem principal e narrador, para, no final da sessão, descobrir que o diretor em pessoa está do lado de fora da sala conversando com os passantes mais curiosos.





Mr. Greg parecia tão simpático quanto no filme. Ao ver que segurava numa das mãos uma das peculiares bolas de chinlone — que no vídeo acima (assistam, assistam!) parecem mini-bolas de futebol, mas na verdade são vazadas e feitas de bambu, como talvez dê para perceber na foto que abre o post —, a Reca não resistiu e foi trocar uns dedos de prosa com ele. Era tudo uma desculpa para segurar a bolinha, claro, mas ela ainda aproveitou para fazer uma pergunta sobre algo que deve ter intrigado a todos durante a sessão: por que diabos Mr. Greg não se mudou para Mianmar, se o chinlone havia se tornado a razão de sua existência e ele parecia tão infeliz no Canadá? Ele foi muito sincero e respondeu que a situação política do país impedia que morasse lá, mas que pretendia se mudar para a Tailândia, para não ter mais que cruzar oceanos se quisesse jogar chinlone com seus amigos birmaneses.

Acometido por um dos meus ataques de timidez, assisti à breve conversa de uma distância de cerca de 2 metros, enquanto segurava a bolsa da Reca, e nem pude sentir a consistência e o peso da bola de bambu, que depois me foi descrita como muito leve e maleável — o que só aumentou minha admiração pela habilidade dos birmaneses.





Mystic Ball não foi o melhor filme que eu vi até agora no Festival — acho que o prêmio fica com Pequena Miss Sunshine, seguido de perto por The Host — mas sem dúvida foi um dos mais instigantes. O que mais me impressionou foi a incrível obsessão de Mr. Greg por um esporte completamente desconhecido pelo mundo ocidental — o qual ele praticou por 14 anos antes de fazer a viagem a Mianmar que mudou sua vida por completo e onde conheceu a essência do esporte.

E no que consiste esta essência? Bem, o chinlone é um esporte não competitivo, uma coisa meio frescobol, mas sem a obrigação de manter a bola no ar o maior tempo possível. Os birmaneses não jogam chinlone para bater recordes pessoais, mas pelo barato da coisa. A julgar pelos depoimentos do filme, não duvido que o negócio dê onda mesmo.

No fim das contas, mantém-se uma tendência. Todo ano eu acrescento um esporte à lista dos que eu praticaria se não fosse um preguiçoso sedentário. Em 2004, por conta das olimpíadas, foi a vez do pentatlo moderno; ano passado, graças a O Gosto do Chá, me interessei por Go (ok, não é bem um esporte, até porque eu posso praticá-lo sem me levantar da cadeira); já em 2006 não teve pra ninguém: este é, oficialmente, o ano do chinlone.

****

Ainda na linha dos documentários esportivos, recomendo o divertidíssimo Once In A Lifetime: The Extraordinary Story of the New York Cosmos, exibido no Festival sob a alcunha de O mundo a seus pés. Como dá para perceber pelo título, conta a história da ascensão e queda do time americano em que o Pelé jogou nos anos 70, com direito a edição ágil, ótima trilha sonora e muita lavagem de roupa suja.

besuntado por Vitor Dornelles 23:07



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