julho 31, 2005

 
SHE FELL IN LOVE WITH THE DRUMMER





Download novo na área: clipe de "Heavy Metal Drummer", do Wilco, em versão ao vivo. Se você não sabe até hoje o que é Wilco, diminua um pouco da sua ignorância clicando aqui. Depois, recomendo a audição do terceiro e melhor disco deles, Sumerteeth - que por acaso é também o mais pop. Em seguida, ouça a estréia da banda, A.M., e seu sucessor, Being There, um dos melhores álbuns duplos de todos os tempos. Se a essa altura você ainda não virou fã, nem tente escutar os "difíceis" Yankee Hotel Foxtrot e A Ghost Is Born. Mas se você já está convencido de que Wilco é muito bacana e pensa até em ir ao show que eles vão fazer - ou pelo menos DIZEM que vão fazer - no TIM Festival, não deixe de ouvir esses dois discos (os mais recentes na discografia da banda).

Falando em TIM Festival, decidi que a partir de hoje farei downloads temáticos em homenagem às possíveis bandas que se apresentarão no festival. Aguardem, portanto, coisas-não-muito-óbvias de Arcade Fire, Kings Of Convenience, Strokes e outros nas próximas edições das ninfetas.

Sobre o clipe desta edição não há muito o que dizer. Show ao vivo básico, Jeff Tweedy sorridente, e coisa e tal. O que eu mais gosto no vídeo, na verdade, é a introdução, muito bonitinha. Baixem e confiram. É só clicar em ninfetas virgens amadoras, lá em cima. E quem quiser ouvir a versão oficial de "Heavy Metal Drummer" pode baixá-la aqui. O link vale por 7 dias.

besuntado por Vitor Dornelles 21:10



julho 27, 2005

 
AMNÉSIA TEMPORÁRIA

Eu ia escrever alguma coisa aqui, mas me esqueci o que era.

Mais tarde eu vejo isso. Até.

besuntado por Vitor Dornelles 17:25



julho 25, 2005

 
MÚSICA DA SEGUNDA-FEIRA


"Lonely Rolling Star", de Yohihito Yano com vocal de Saki Kabata.





Hidamari sansan kokoro wa haremoyou
Futatsu no hitomi wa himawari no tane no you

Katarai kasanari katamari karamari
Issho ni iru koto zettai hitsuzen

Demo anata daiji na yume wo egaku
Owaru made wa zutto sou koko de matteiru

You're lonely rolling star
Tachitomaranai de ne
You're lonely rolling star
Saa mae wo muite ikou

Hoshizora kirakira konpeitou no you
Amakute setsunai omoi ga tsunoru no

Dakishimeta omoi wa yozora wo mai
Kyuukoukashite anata no moto e todoku kara

You're lonely rolling star
Akiramenai de yo ne
You're lonely rolling star
Tama ni wa denwashite
You're lonely rolling star
Aitai yo ima sugu
You're lonely rolling star
Haa tameiki ga hitotsu koboreru

Raigetsu mata ano basho de machiawase shiyouka

You're lonely rolling star
Tachitomaranai de ne
You're lonely rolling star
Omoi deshite yo ne
You're lonely rolling star
Matterarenai no ne
You're lonly rolling star
Saa mae wo muite ikou

****

Agradecimentos à Reca, pela letra.

besuntado por Vitor Dornelles 13:56



julho 22, 2005

 
SAUDADES DO FUSCA

Já repararam que, considerando o período pós-ditadura, o Brasil nunca esteve tão bem quanto em 1994? Vejam bem: a inflação havia sido controlada. O real valia a mesma coisa que o dólar. Não havia nenhum escândalo de corrupção nos noticiários. Um pão francês custava oito centavos. Pulp Fiction estava em cartaz nos cinemas. Depois de 24 anos sem um título, a seleção finalmente havia ganhado uma Copa.

Se o Brasil ia bem, eu, em contrapartida, ia mal. Definitivamente não guardo boas recordações de 1994. Tinha 14 anos. Início da adolescência, espinhas surgindo do nada, hormônios em ebulição. Eu odiava o colégio em que estudava há oito anos, só tinha dois amigos no mundo (um deles com óbvios problemas mentais) e não havia nenhuma mulher num raio de 10.000 quilômetros disposta a me dar. Nada que me inspire um pingo de nostalgia, acreditem. Mas, apesar disso tudo, e considerando o momento atual do Brasil, não consigo impedir essa saudade da URV.

O mais incrível, no entanto, é pensar que tudo isso aconteceu quando o Itamar era presidente.

besuntado por Vitor Dornelles 18:55



julho 21, 2005

 
ANOTAÇÕES SOBRE O ANIMA MUNDI





Este ano assisti somente a 17 das 21 sessões de curtas. Em compensação, vi também um longa (Alosha Popovich I Tugarin Zmey, do Konstantin Bronzit, bacaninha). As sessões de vídeo se mesclaram definitivamente com as de película, mas desta vez tiveram a boa idéia de colocar os comerciais e vinhetas no início das sessões, além de indicá-los com um asterisco nas cédulas de votação. Por causa dessa simples providência, nem dei 1 (ruim) para todos os comerciais e vinhetas. Só para alguns.

Melhor curta do Anima Mundi? The Fan And The Flower, novíssimo filme do Bill Plympton (tão novo, aliás, que é impossível achar uma imagem do curta na internet), que conta a história de amor entre um ventilador de teto e uma flor. Sério. E é de chorar de tão bonito. Bill Plympton conseguiu se reinventar. Seus últimos filmes estavam começando a se tornar repetitivos, sempre com as mesmas piadas escatológicas. The Fan And The Flower explora o lado sensível de Plympton e o resultado é não menos que fantástico. Ponto pra ele.

O filme do Bill Plympton não foi a única coisa boa do festival, contudo. Assisti a outros que quase lhe tiraram a medalha de ouro. Alguns deles, sem ordem de preferência:
Imago (de Cedric Babouche), curta francês sobre um garotinho que perdeu o pai num acidente de avião. Tem um quê de Father and Daughter;
Chahut (de Gilles Cuvelier), animação belga sobre um carnavalesco numa cidade abandonada. Interpreto como um filme sobre o fim do mundo. Além disso, a regra é clara: se chove peixe, é bom;
Syntymäpäivä (de Kari Juusonen), sobre uma vaca que ia ser abatida e começa a "perseguir" seu quase-abatedor. Belo final. Finlandês;
Over Time (de Oury Atlan, Thibaut Berland e Damien Ferrié), curta francês que homenageia Jim Henson, criador dos Muppets. Estrelado por um batalhão de Cacos com olhos vazados. Pode assustar os mais sensíveis;
Lionel (de Gabriel Gelade, Medhi Leffad, Anthony Menard e Mathieu Poirey), animação em computador francesa sobre um menino de 6 anos e sua explicação para os seguintes tópicos: almoço e piranhas;
Viaje A Marte (de Juan pablo Zaramella), animação de massinha produzida na Argentina, conta a história de um menino cujo sonho de ir a Marte é realizado pelo avô, que o leva até lá de... caminhonete. Ganhou o prêmio do público aqui no Rio;
La Tête Dans Les Etoiles (de Sylvian Vincendeau), outra animação da frança, sobre a estranha relação do homem com a natureza;
Zasukanec (de Spela Caldez), produção alemãs/eslovena que conta a história de um alfaiate com poderes telecinéticos;
Born To Be Alive (de Dimitri Cohen Tanugi, Sylvère Bastien, Michael Pressouyre e Marien Verhoeven), sobre um gato extremamente cabeçudo que tenta se suicidar das mais diversas maneiras. Francês também;
Lunolin, Petite Naturaliste (de Cecíclia Marreiros Marum), outro curta francês, sobre a tumultuada relação do pequeno Lunolin com dois ouriços;
Badgered (de Sharon Colman), animação britânica sobre um tatu impedido de dormir por motivos alheios à sua vontade;
Herr Würfel (de Rafael Sommerhalder), animação suíça sobre um dos meus temas preferidos: como pequenas escolhas podem mudar radicalmente a sua vida (o filme que eu mais gostei ano passado falava justamente disso);
La Revolution des Crabes (de Arthur de Pins), animação francesa, para variar. O tema é muito parecido com o de Dahucapra Rupidahu, do ano passado, mas longe de ser um plágio. Fala de um dos animais mais desgraçados da natureza, o Pachygrapsus Mortamus, ou "caranguejo deprimido";
Learn Self Defense (de Chris Harding), animação estadunidense sobre George, que tem que aprender a se defender. Sacaneia a paranóia norte-americana atual. Hilário;
Kutoja (de Laura Neuvonen), curta finlandês sobre obsessão. E tricô;
Agricultural Report (de Melina Sydney Padua), melhor filme sobre vacas do festival. Irlandês;
Command Z (de Candy Kugel e Vincent Cafarelli), sobre como a vida seria mais fácil se pudéssemos executar o Ctrl+Z no cotidiano;
Chohon (de Enju Kim, Jungsun Choi, Junsang Yoon, Kinam Kim, Youngju Park e Youno Park), animação sul-coreana, sobre amor e resistência;
Fallen Art (de Tomek Baginski), animação finlandesa em computador, certamente a mais macabra do ano. Talvez eu seja estranho por gostar dela.

Outros filmes divertidos que merecem ser citados: Der Kussdieb (de Elen Madrid); Frog (de Cristopher Conforti); Burp, (de Marco Nguyen); El Ultimo Golpe Del Caballero (de Juan Manuel Acuña); Hernando (de Thomas Bernos, Jérome Haupert e Nicolas Lessafre); À Travers Mes Grosse Lunettes, (de Pjotr Sapegin); Gopher Broke (de Jeff Bowler/Blur Studio); Poteline (de Michel Lefevre) Bek (de Lucette Braune); The Old Crocodile (de Koji Yamamura); e A Dama da Lapa (de Joana Toste).

Já na outra ponta do espectro... Praticamente todos os filmes brasileiros a que eu assisti (Uhug na Serra da Capivara, Roque - A Jogada Mortal, Qualquer Nota, Será que ela vem?, A Guerra dos Bichos, *.DOC etc.), o que só confirma minhas teorias. Salvaram-se apenas Otto Guerra e Fabio Zimbres, com seu Nave Mãe - bem feitinho, mas nada de excepcional. O título de pior filme do Anima Mundi, no entanto, vai com louvor para ¿Con Que La Lavaré? (de Maria Trénor), da Espanha, um desfile de cafonice e mau-gosto com 11 minutos de duração, que pretende ser "um tributo a todos os artistas homossexuais cults do século 20". Pobres homossexuais.

Acho que é isso. Ano que vem tem mais. De preferência com a exibição do novo do Don Hertzfeldt e, se tudo der certo, com um filme MEU entre os piores do ano.

p.s.: Esqueci de mencionar a sessão especial Chris Landreth. Destaque para Ryan (ganhador do Oscar deste ano, excelente), Bingo (animação alucinada sobre como uma mentira repetida várias vezes pode se tornar uma verdade) e The End (melhor zoação já feita sobre animações abstrato-cabeçóides).

besuntado por Vitor Dornelles 16:01



julho 20, 2005

 
PARA QUEM GOSTA DE BANJO





A primeira vez que eu ouvi Sufjan Stevens foi em 2003, na época do lançamento de seu terceiro disco. Era um álbum de nome esquisito: Greetings From Michigan, The Great Lake State. Não demorei a descobrir que o disco era também o pontapé inicial no megalomaníaco "Projeto dos Cinqüenta Estados"*, que consistia em homenagear com um álbum cada um dos estados norte-americanos. Achei Greetings From Michigan... bacana, porém homogêneo demais, o que não raro tornava-o entediante, principalmente em audições prolongadas. Tinha grandes músicas, no entanto, como "For the Widows in Paradise, For the Fatherless in Ypsilanti" e "Romulus".

No ano seguinte, Sufjan Stevens lançou um disco chamado Seven Swans (que, como o nome entrega, não fazia parte do "Projeto dos Cinqüenta Estados"), cuja sonoridade (leia-se: banjo e violões) lembrava bastante Greetings From Michigan. Havia pelo menos uma música inesquecível: "To Be Alone With You". Nada que fosse mudar o mundo, mas era um disco bem legal.

Em 2005, fiquei sabendo que viria o real sucessor de Greetings From Michigan, desta vez em homenagem ao estado de Illinois. Cerca de um mês antes do lançamento oficial, já tinha conseguido baixá-lo. E não tive dúvidas de que estava diante de uma obra-prima. Illinois (criativo, não?) chegou ao mercado duas semanas atrás, em meio a uma polêmica envolvendo sua capa (a arte original trazia um Super-Homem sobrevoando Chicago, que teve que ser removido a pedido da DC Comics), e desde então vem sendo aclamado pela crítica.

A grande sacada de Sufjan Stevens foi fazer de Illinois um disco parecido com Greetings From Michigan (o banjo continua lá, soberano), mas ao mesmo tempo diferente (o que neste caso tornou-se uma vantagem). A instrumentação esparsa do primeiro deu lugar ao tom épico do segundo, evidenciado pela inclusão de violinos, metais e um coral. Até uma supreendente guitarra faz participação especial em "The Man Of Metropolis Steals Our Hearts", uma das melhores do disco. O resultado é um álbum memorável, com canções idem. "Jacksonville", por exemplo, é forte candidata a música do ano, na minha humilde opinião.

Tudo isso porque, como os mais inteligentes já devem ter suspeitado, Sufjan Stevens é o download de reestréia das "ninfetas virgens amadoras". Todas as músicas supracitadas estão disponíveis para download (além de "Casimir Pulaski Day", do Illinois, que eu não citei). Para isso, basta clicar em "ninfetas virgens amadoras" na barra ali de cima e seguir as instruções (e mesmo se você não for baixar nada, clique ali também e admire o maravilhoso slide show em Flash que eu fiz).

****

Pronto, finalmente consegui me livrar desse encosto! Agora poderei retomar as atividades normais - se é que posso chamar assim - do blog. Aguardem-me.

****

*Muita gente considera Sufjan Stevens um sujeito pretensioso, por conta do "Projeto dos Cinqüenta Estados". Eu, porém, acredito que ele seja um tremendo galhofeiro, e que esse lance dos cinqüenta estados, por mais que ele pretenda realmente levá-lo adiante, não passa de uma grande pilha. Afinal, como achar que um cara que batiza suas músicas com nomes como "They Are Night Zombies! They Are Neighbors! They Have Come Back From the Dead! Ahhhhh!" ou "Let's Hear That String Part Again, Because I Don't Think They Heard It All the Way Out in Bushnell" possa efetivamente se levar a sério? De qualquer forma, se os próximos 48 discos da série chegarem perto da beleza desse último, que sejam todos muito bem-vindos.

besuntado por Vitor Dornelles 23:13



julho 12, 2005

 
ATLAS DO FUTURO

Sensacional esse Google Earth, hein? Imagino onde essa tecnologia pode chegar daqui a 10 anos. Minha mãe, que é geóloga e trabalha justamente com esse tipo de coisa (geoprocessamento, para usar o termo técnico) diz que as previsões são de que, um dia, haverá mapas tão realistas e detalhados que poderemos caminhar virtualmente pelas ruas de uma cidade, vendo todos os detalhes em 3 dimensões. Coisa que nem o mais visionário dos antigos cartógrafos poderia imaginar.

****

Ah, sim, pois é. As "ninfetas virgens amadoras". Juro que os arquivos já estão no servidor. Só não tive tempo de preparar a tradicional caixinha de download. Prometo que em no máximo dois dias (cof-cof) haverá um post bonito e brilhoso explicando tudo. Paciência, irmãos, ainda que ninguém esteja impaciente.

besuntado por Vitor Dornelles 01:04



julho 07, 2005

 
DOIS ANOS DE BLOG





Pois é. Ao contrário do primeiro ano, tive a impressão de que esse demorou muito mais tempo para passar. Tanto que não foram poucas as vezes que achei que o blog estava fazendo 3 anos. Mas não, o Repolhópolis™ ainda tem que passar pela idade dos porquês.

Novamente, não tive tempo de preparar nada de especial. Eu sei que tinha prometido um template novo e coisa e tal. Ele ainda virá, só que mais tarde (provavelmente depois do Anima Mundi). Não tenho nem como divulgar as estatísticas deste segundo ano de blog porque, por um motivo misterioso, o Blogger parou de atualizá-las em novembro do ano passado. Vai entender.

Fora isso, o aniversário acabou ofuscado pelos atentados ao metrô de Londres. Não se fala em outra coisa. A manchete do Globo Online de hoje é Londres vive seu pior pesadelo. Mais dramática impossível. Tá certo que atentados não são nada legais. Fico triste pelas vítimas e lamento que esse tipo de coisa ainda aconteça em pleno século XXI. Mas, pô, "pior pesadelo"? Londres já foi bombardeada, incendiada e enfrentou a peste! Os atentados foram horríveis, claro, mas estão longe de ser o pior evento da história de Londres. Enfim, digressiono.

Mais tarde, quando eu voltar das minhas obrigações, colocarei um banner comemorativo piscante (atendendo a pedidos), provavelmente neste mesmo post. Fiquem gelos. O banner, que utiliza os recursos mais rudimentares do Flash, já está lá em cima. Uma belezura, não?

E dois vivas para o blog. Ip-ip-urra.

****

Amanhã: a volta das "ninfetas virgens amadoras". Acredite se quiser.

besuntado por Vitor Dornelles 12:21



julho 05, 2005

 
EM RITMO DE AVENTURA

Engarrafamentos são chatos por definição. Você, cercado de carros por todos os lados, engata a primeira, acelera, engata a segunda, acelera, freia, engata a primeira, acelera, freia, engata a primeira, acelera, engata a segunda, acelera, freia. Não passa disso. Se você tem um rádio, a experiência pode adquirir um grau de suportabilidade maior. Mas, em geral, engarrafamentos são apenas irritantes.

A não ser que você esteja no Rio de Janeiro, é claro.

Saída do túnel Santa Bárbara, sentido Zona Norte, por volta das 18h40.

BUM!

Um clarão refletido no retrovisor esquerdo.

"Isso foi uma granada?"

BUM!

Outro clarão, desta vez no espelho do meio.

"Caralho! Se aquele não foi, esse foi!"

RA-TÁ-TÁ-TÁ-TÁ...

"Metralhadora?"

...TÁ-TÁ-TÁ-TÁ.

"Será que eu devia me abaixar? Opa, andou."

Primeira. Acelera. Freia. Primeira. RA-TÁ-TÁ-TÁ-TÁ. Acelera. Segunda. Opa, freia. RA-TÁ-TÁ-TÁ.

"Por que diabos esses imbecis estão parados! Será que só eu tô ouvindo?"

Primeira.

RA-TÁ-TÁ-tá-tá-t... (ouvido direito)

Acelera.

...á-tá-tá-TÁ-TÁ (ouvido esquerdo).

Freia.

"Rapaz, quanta adrenalina! E em estéreo!".

Primeira. Acelera. "Dói muito levar um tiro nas costas?". Freia. Ra-tá-tá-tá-t... "Qual será o alcance de um tiro de metralhadora?". Primeira. Acelera. Segunda. Freia.

Primeira. Acelera. "Será que essa distância já é segura?". Segunda. Acelera. "Eu não posso morrer! Nem fiz meu testamento!" Terceira. Freia.

Barulho de sirene. Vejo dois carros da polícia vindo atrás, pelo meio. "Mas eles não deviam ir na direção oposta?"

Chego mais perto da Presidente Vargas. Não consigo mais ouvir as rajadas. Ufa!, passo a mão na testa depois de engatar a marcha. "Nenhum arranhão".

Obrigado, Governo do Estado do Rio de Janeiro, por tornar a minha vida tão emocionante!

****

Deu no Globo Online:

Tiroteio assusta moradores no Morro da Coroa

Sérgio Meirelles - Extra

RIO - Um intenso tiroteio nesta segunda-feira à noite assustou moradores do Morro da Coroa, no Catumbi. A troca de tiros durou cerca de uma hora e meia. Segundo a Polícia Militar, o confronto foi travado entre traficantes rivais que disputam pontos de venda de drogas. Não há registro de vítimas.

Garanto que não foram só os moradores.

besuntado por Vitor Dornelles 00:11



julho 01, 2005

 
EU ODEIO FESTA JUNINA





Desde sempre.

besuntado por Vitor Dornelles 23:33



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