março 30, 2005

 
MEU CARRO NÃO TEM ANTENA

O mundo seria um lugar melhor se existissem mais rádios como a KCRW, de Los Angeles. E mais programas como o "Morning Becomes Eclectic".

besuntado por Vitor Dornelles 23:24



março 28, 2005

 
DESCUBRA O DIAMANTE





O Barizon "roubou" o post que eu tinha planejado para hoje. Como não sou careca, pensei em desistir. Mas me lembrei de que já havia subido o arquivo destinado a ser o download da semana e a preguiça de mudá-lo foi mais forte. Resolvi deixar o novo clipe do Beck nas "ninfetas virgens amadoras" assim mesmo.

"E-Pro" é o primeiro single do álbum mais recente do Beck, Guero, lançado exatamente hoje. O clipe foi dirigido pelo Shynola, que não é uma pessoa, mas um grupo de animadores fodões. São deles, só para citar alguns, os vídeos de "Pyramid Song" do Radiohead, "Move Your Feet" do Junior Senior e "Go With The Flow" do Queens Of The Stone Age - todos animações de encher os olhos. Este novo trabalho não foge à regra e, se me permitem a humilde sugestão, merece ser baixado.

A propósito: ainda não escutei com atenção o Guero, mas parece bacana. A música do clipe, pelo menos, é. Cliquem em "ninfetas virgens amadoras" na barra ali em cima e divirtam-se.

besuntado por Vitor Dornelles 23:52



março 23, 2005

 
TRÊS COISAS PARA PÔR NO CURRÍCULO

1) Eu sei imitar a risada do Pateta.

2) Eu sei imitar o ataque de raiva do Pato Donald.

3) Eu sei sapatear como o Pernalonga.

besuntado por Vitor Dornelles 21:26



março 22, 2005

 
CYBER MOVIE, A CONTINUAÇÃO

Saiu uma matéria na contracapa do Segundo Caderno de hoje sobre a polêmica sessão Cyber Movie do Telecine. Parece que 90% dos comentários no fórum da Rede Telecine são de pessoas revoltadas com a sessão. Mas o melhor da matéria, assinada por Lilian Fernandes, são as declarações de gente que acha a Cyber Movie uma ótima idéia. Começando pelo próprio diretor-geral da Rede, João Mesquita:

— Muitos jovens, que não gostam de ler, optam por ver filmes dublados. Achamos que se lhes déssemos a oportunidade de assistir aos filmes com uma linguagem mais próxima da que sete milhões de pessoas usam hoje no Brasil para se comunicar pela internet, estaríamos oferecendo-lhes também a chance de assistir ao filme com som original.

Ele completa dizendo que a sessão é "uma oportunidade de atrair jovens que cada vez vêem menos televisão". Jovens vendo menos televisão? Tem certeza de que é no planeta Terra?

Outra declaração supimpa é do Lêdo Ivo, poeta membro da Academia Brasileira de Letras:

— Em todas as épocas, grupos sociais criam suas próprias linguagens. Crianças e jovens, então, sempre o fizeram. Os de hoje em dia, meus netos inclusive, estão habituados à linguagem da internet e não há nada de mau nisso: não quer dizer que vão escrever melhor ou pior.

Desculpa, seu Imortal, mas como disse o próprio diretor-geral do Telecine, os jovens não gostam de ler. E sem leitura não dá pra escrever bem, não.

Mas a melhor de todas é a de um espectador da sessão Cyber Movie, o estudante João Vicente Barriel Neto, de 18 anos:

— O resultado é diferente, original, e fica mais fácil ver o filme assim. Às vezes a legenda é tão grande que a cena passa e a gente ainda nem acabou de ler.

Você tá de sacanagem, né? A única época em que eu tive dificuldade de ler legenda foi quando eu tinha 6 anos e estava começando a ser alfabetizado. Talvez com 7 anos eu ainda não fosse um ás da leitura, mas aos 8 eu já podia acompanhar um filme legendado sem problemas. Tem alguma coisa muito errada com um país onde um galalau com pelos menos 12 anos de alfabetização nas costas não consegue ler legenda.

Isso tudo me lembrou um episódio de Família Dinossauro, em que o Dino é contratado por uma emissora de TV para tornar sua programação mais próxima do homem comum. Graças às sugestões do Dino, eles passam a exibir horas e horas de aviso de "Fora do Ar", que se torna sucesso de audiência, bem como o programa "Cores Divertidas" (ou algo assim), que consiste em retângulos coloridos piscando na tela ao som de uma musiquinha. O resultado é o emburrecimento geral dos dinossauros, a começar pelos filhos do próprio Dino: Charlene fica perdida na rua porque não se lembra do endereço de casa e Bob começa a sufocar depois de ter esquecido como se respira.

Se eu fosse um dos espectadores fiéis da Cyber Movie, tomaria cuidado para não sufocar também.

besuntado por Vitor Dornelles 23:53


 
LENNY CRÁVITZ

Ontem foi o dia do show gratuito do Lenny Kravitz na Praia de Copacabana. Eu, claro, não iria nem que me pagassem. Mas minha irmã foi - ou pelo menos tentou - e nesta entrevista exclusiva conta tudo sobre o evento que reuniu cerca de 500 mil pessoas em frente ao Copacabana Palace.


E então, como foi o show?
"Não sei. Não cheguei a ver."


Por quê?
"Eu e meus amigos chegamos às 20h (nota: o show estava marcado para as 21h, mas só foi começar depois das 22h) e estávamos até perto do palco. Mas tinha tanta gente que começamos a ficar sufocados. Da calçada em frente ao Copacabana Palace até a areia não tinha espaço pra andar. Nem conseguimos chegar na areia, aliás. Foi 10 vezes pior do que Réveillon."


O que vocês fizeram?
"Não queríamos desistir, então fomos em direção ao Leme, esperando que houvesse menos gente. No caminho, surgiu uma muvuca vindo de uma rua transversal e começamos a ser arrastados em direção à areia. Quase que eu caí em cima do isopor de um vendedor ambulante, que ainda teve a cara-de-pau de reclamar: 'Calma aê, ô lôra!' Calma aê uma pinóia! Não viu que eu estava sendo empurrada? E o mais revoltante é que tinha gente que não fazia a menor idéia do que estava fazendo lá. Ouvi pessoas dizendo 'Bora pro show do Lenny Crávitz!' Nem falar o nome do sujeito sabiam."


Quando foi que vocês desistiram?
"Quando a gente percebeu que não ia dar pra chegar no final da platéia. E que mesmo assim ia ser uma droga. Íamos ver tudo pelo telão e ainda tinha uma tenda ou sei lá o quê da polícia, tapando a visão."


E no fim das contas?
"Tudo acabou em pizza. Voltamos pra casa do meu amigo e pedimos uma portuguesa na Parmê. Minha única lembrança do show é uma faixa de cabelo do Lenny Kravitz que eu comprei antes do sufoco."

****

Obrigado pelas declarações, Daniele. Percebo que fiz bem em não sair de casa.

besuntado por Vitor Dornelles 22:14


 
MAIS UM ADESIVO DE CARRO

"Grande promoção do Senhor: ore com fé e ganhe uma bênção."

besuntado por Vitor Dornelles 21:11



março 21, 2005

 
UMA IDÉIA PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

Tive essa idéia hoje, no banho. (É um perigo começar um texto com essa frase, mas acompanhem meu raciocínio). O processo eleitoral no Brasil é muito sem-graça. Vejam bem: um monte de políticos inexpressivos e pouco articulados atazanam a vida da população na TV aberta, em horário nobre, por mais de um mês, emporcalham as ruas com galhardetes, cartazes e santinhos, infernizam a vida alheia com carros de som pra lá de impertinentes e ainda têm a desfaçatez de ligar para sua casa para saber se você vai votar neles ou não. Resignado pela obrigatoriedade do voto, o cidadão ainda tem que abdicar de alguns minutos - às vezes horas, dependendo da fila - do seu fim de semana ensolarado para votar nesses sujeitos. Um puta pé-no-saco, convenhamos.

Pois como eu ia dizendo, hoje no banho eu bolei um método para deixar as eleições mais interessantes. Podíamos adotar o sistema já na próxima eleição presidencial. Funciona assim: 12 ou 16 candidatos, não pode ser nem mais nem menos do que isso, são obrigados a morar juntos para participar de um reality show que decidirá quem será o próximo presidente do Brasil. O programa substituiria o horário eleitoral gratuito e teríamos a oportunidade de conhecer mais a fundo os candidatos e suas propostas. Minha idéia é que ele siga a fórmula de O Aprendiz. Os candidatos são dividos em dois grupos e a cada semana têm que solucionar um problema relacionado às mazelas da realidade brasileira. O grupo que se sair melhor está garantido na semana seguinte. O que não obtiver sucesso, será submetido a um júri composto por cidadãos comuns, sorteados toda semana, que decidirá quem serão os três candidatos a ir para o paredão. Para o processo ser o mais democrático possível, a votação seria por meio de um 0800 (gratuita), e para não haver fraude cada pessoa só teria direito a um voto, sendo obrigatória a digitação de uma senha (que poderia ser o número do título de eleitor).

O programa prosseguiria até que só restassem dois candidatos, que seriam submetidos a uma tarefa ultra-complicada. Nesta última semana, caberia ao público decidir quem se saiu melhor. E pronto, escolhemos o novo presidente do Brasil. Contei essa idéia para minha namorada e ela acha que pra ficar mais legal tem que ter algumas mulheres. Concordei e ainda vou mais longe: tem que ter também candidato índio, candidato negro e candidato gay, já que as cotas estão na moda.

Outra coisa importante: os candidatos poderiam ser políticos mesmo. Garotinho, Lula, Aécio Neves e todos esses presidenciáveis poderiam participar do programa. Ao mesmo tempo, cidadãos que nunca exerceram cargo político poderiam pleitear uma vaga, desde que preenchessem algumas características específicas que eu ainda não decidi. Mas já adianto que beleza não seria considerada critério, como acontece nos Big Brothers da vida. Além disso, qualquer tipo de comício, bem como propaganda, seriam terminantemente probidos.

Óbvio que para isso dar certo o voto teria que deixar de ser obrigatório. Outro problema é que não dá para implantar esse sistema nas eleições para senador, deputado e vereador. De todo modo, tenho certeza de que um reality show para escolher o próximo presidente deixaria as pessoas muito mais interessadas em política. E talvez até conseguíssemos escolher um candidato bom!

Pra ficar melhor, só se o apresentador fosse o Donald Trump. Ou qualquer pessoa com uma peruca divertida.

besuntado por Vitor Dornelles 22:27



março 20, 2005

 
CONSEGUI!





Sim, sim, eu consegui! Contrariando a lógica, as leis da física, as leis da química e até mesmo as previsões mais otimistas, eu cheguei aos 25 anos de idade! De acordo com meus cálculos, isso dá 9.131 dias. Um feito e tanto, admitam.

E temos também outro sobrevivente hoje, comemorando 9.497 dias regados a muito gibi (e couve na hora do lanche): o Gabes, meu notório irmão gêmeo perdido e melhor amigo. Parabéns, Gabes!

E se você está se perguntando de onde vem a placa que eu seguro na foto, a resposta está aí embaixo.





Agora com licença, que aniversário é só uma vez por ano.

besuntado por Vitor Dornelles 11:27



março 18, 2005

 
SUCATA





O que Os Incríveis tem de excelente, Robôs tem de péssimo. Que filminho ruim, hein?

Custava contratar um roteirista? E precisava mesmo dessa quantidade de personagens? Pra que chamar tantos famosos para participar do filme? Era tão importante assim ter o Jay Leno fazendo o papel de um hidrante com duas falas? E quando é que vão entender que referência não funciona se não tiver um bom contexto? Salpicar piadinhas referenciais a cada cinco minutos não ajuda o seu filme a ficar mais engraçado! E, na boa: piada de peido? Se você precisa usar piada de peido, é porque alguma coisa deu errado*.

Em uma palavra? Constrangedor.

p.s.: A coisa mais engraçada do filme, na verdade, não tem nada a ver com o filme e só funciona para mim. É que sempre que a palavra "Robópolis" aparecia na legenda eu levava um susto, achando que estava escrito "Repolhópolis".

* Exceção feita ao longa de South Park que, ora vejam, tem um bom motivo para utilizar piadas de peido.

besuntado por Vitor Dornelles 11:51



março 17, 2005

 
OPIUM SEA





Não é a primeira vez que digo isso aqui, mas o OPMC (ou "Opium Sea", se você preferir) foi a melhor descoberta musical de 2004 para mim. Sei pouco a respeito da dupla holandesa formada por Barrie Webb e Teun van der Slikke, que descobri por acaso num desses P2P da vida. Aparentemente eles só lançaram dois discos, ambos pela ultra-desconhecida gravadora Pink Elephant: Product of Pisces And Capricorn, de 1970, e Amalgamation, de 1971. Este último é a estrela da semana nas "ninfetas virgens amadoras".

Amalgamation é um disco enxuto. Dez músicas em 33 minutos. A primeira faixa, "Ouverture", é instrumental e serve de preâmbulo para a belíssima "I'll Just Sit Here and Dream", que tem apenas voz, gaita e violão. Estes dois instrumentos, aliás, são praticamente onipresentes no álbum. Colada na segunda faixa vem "Ballad Of The Sun", que mais parece uma canção perdida do Moody Blues dos tempos áureos - o que, convenhamos, é um puta elogio. Encerrando o lado A, a excepcional "The Head", que conta com um belo solo de guitarra nos minutos finais.

O lado B começa diferente, com "Sick and Tired", cuja levada country lembra The Band. Depois da quase-vinheta "Train Thing", temos "Easter Song", que retoma o caminho psicodélico do início do disco. A instrumental "Cambridge Impressions" faz a ponte para "Song For Mariolijn", que eu gosto de imaginar como uma ode à maconha, devido às fortes suspeitas nutridas por mim de que "mariolijn" seja holandês para "marijuana".

Espertíssimos, os holandeses deixam para o final a melhor faixa do disco, "Fire Child". Sério, se não tivesse sido composta por uma banda obscura dos Países Baixos, "Fire Child" poderia ser hoje em dia um dos maiores clássicos do movimento psicodélico.

Então. Não dê mole e baixe de uma vez esse clássico injustiçado do folk-psicodélico-chapadão. É só clicar em ninfetas virgens amadoras e ser feliz.

****

Como o disco do OPMC era bem pequeno, sobrou espaço no meu disco virtual e resolvi oferecer de bônus três músicas que não têm a menor relação com psicodelia holandesa. Quer dizer, pelo menos não que eu saiba. No caso, são duas faixas do novo disco do Queens Of The Stone Age, chamado Lullabies To Paralyze, que está para ser lançado lá fora, e mais uma do próximo disco do Fischerspooner, Odissey, programado para o início de abril.

Lullabies to Paralyze é mais um discaço do Queens Of The Stone Age. Josh Homme deve ser um desses músicos que venderam a alma ao diabo. Admito que o disco anterior, Songs For The Deaf, é superior, mas não se pode ignorar um álbum cujas primeiras oito faixas - de "This Lullaby" até "I Never Came" - formam uma seqüência absolutamente perfeita. "Someone's In the Wolf" dá uma desacelerada no disco e abre caminho para as dispensáveis "The Blood Is Love" e "Skin On Skin". O disco volta a entrar nos eixos a partir de "Broken Box" e se encerra decentemente com "Long Slow Goodbye". As faixas que disponibilizei são "Everybody Knows That You're Insane" (melhor faixa do disco) e "In My Head", ambas com cara de single em potencial.

Ouvi bem menos o disco novo do Fischerspooner, por isso não tecerei maiores comentários. Mas posso garantir que a faixa disponibilizada, "Cloud", é uma das melhores. E que estou viciado nela há pelo menos três semanas.

Para baixar essas três canções extras, no entanto, você NÃO tem que clicar em "ninfetas virgens amadoras". Clique direto AQUI. E não se esqueça da senha: 8FCD8EA3 (lembrando que dia 24 de março a mamata acaba e cede lugar a outro download).

****

Ok, por hoje chega, antes que isso aqui vire um blog sobre música.

besuntado por Vitor Dornelles 01:22



março 16, 2005

 
O MISTÉRIO DO TAFF MAN-E (PARTE 2)

No domingo passei numa loja de conveniência e adquiri por R$2,80 uma garrafinha de Taff Man-E. Segunda-feira, dia 14 de março, já estava tudo pronto para a minha degustação científica sem precedentes na história da baixa gastronomia. Acompanhem a seguir o registro fotográfico comentado da experiência. Todas as fotos foram tiradas pela minha digníssima namorada, que certamente me ama muito para aceitar ser envolvida nesse tipo de coisa.


A PREPARAÇÃO


Aí vocês podem me ver segurando o temível isotônico fabricado pela Yakult. Reparem na minha expressão extremamente científica e profissional. Tive uma certa dificuldade para abrir a garrafinha, o que considerei um sinal de "PERIGO! NÃO BEBA!". Por um momento pensei em retroceder, mas logo me convenci de que um cientista não pode se sujeitar a esse tipo de covardia boboca. Fui em frente.


FACE A FACE COM O INIMIGO


Nesta outra imagem vocês podem me ver já sorvendo o líquido. Antes de ingeri-lo, porém, senti o leve odor de remédio que saía da garrafa e, confesso, tremi. "Não deve ser pior do que novalgina", foi o meu último pensamento antes das papilas gustativas entrarem em contato com a substância.


A REAÇÃO


Eis o exato momento em que meu cérebro recebeu as informações provenientes do contato da minha língua com a bebida marronzinha. Pela contração dos meus músculos da face vocês podem ver que não foi nada agradável.


A REJEIÇÃO


Aqui, após o primeiro gole de Taff Man-E já ter descido pelo esôfago, evidencio minha desaprovação num gesto claro de repulsa, afastando a garrafa do rosto e mostrando os dentes. Ainda faltavam alguns goles para acabar com o conteúdo do frasco. Meio a contra-gosto, dei cabo do líquido, não sem antes oferecer um gole a minha namorada, que não gostou, mas também não achou repugnante.


GARRAFA VAZIA


No que ela tem uma certa razão. Apesar da minha reação exagerada, tive que reavaliar minha impressão sobre o Taff Man-E. Vamos aos fatos positivos:

1) O aftertaste não é prolongado, nem forte. Alguns minutos depois não sentia mais gosto nenhum de Taff Man-E na boca;
2) Tem apenas 110 ml. O que significa que dura pouco;
3) Seu gosto não é tão ruim quanto de um xarope para tosse. Assemelha-se, na verdade, ao do Novalgina, porém mais atenuado.

Basicamente, Taff Man-E não faz xarope de Polaramine parecer vinho do Porto, e entre Taff Man-E e urina, certamente escolho beber Taff Man-E. No fim das contas, diria que o resultado foi favorável ao isotônico, considerando sua baixíssima nota de partida. Digamos que no dicionário ilustrado ideal a garrafinha de Taff Man-E não estaria mais ao lado do verbete "intragável", e sim ao lado de "desagradável". Já é uma melhora.

****

Isto, porém, não soluciona o mistério do Taff Man-E. Apesar de nos comentários do post anterior terem surgido dois fãs de Taff Man-E (a saber: Kadu e Fasa), o que aparentemente desmoralizaria a minha teoria, ambos admitem que não consomem mais o isotônico. O primeiro alega o fator-preço, e o segundo o surgimento no mercado de bebidas melhores, como o Gatorade (que considero infinitamente melhor do que a bebida da Yakult). Desta forma, a pergunta persiste: quem, afinal, bebe Taff Man-E hoje em dia?

****

Maiores informações sobre o Taff Man-E, como ingredientes, valores nutricionais e modo de conservação, podem ser encontradas aqui.

Sempre lembrando que a ingestão de Taff Man-E não é recomendada para gestantes, nutrizes e crianças até 3 anos sem a orientação prévia de médico ou nutricionista.

besuntado por Vitor Dornelles 01:08



março 12, 2005

 
O MISTÉRIO DO TAFF MAN-E (PARTE 1)





Uma coisa que me intriga há muito tempo é a permanência do Taff Man-E no mercado. Sei que ele existe desde que eu era moleque - e lá se vão pelo menos uns 15 anos - e sobrevive até hoje nas prateleiras dos mais diversos estabelecimentos. Taí uma coisa que não entra na minha cabeça. Vejam bem: Taff Man-E é horrível.

Lembro-me da primeira (e única) vez que provei o isotônico. Eu era uma criança inocente, influenciada pelo merchandising dos Trapalhões, quando sorvi o primeiro gole da substância. Na época não fui capaz de expressar em palavras o gosto que senti - me limitando a botar a língua para fora e a fazer cara de nojo profundo. Mas, hoje em dia, posso afirmar sem hesitação que Taff Man-E faz xarope de Polaramine parecer vinho do Porto; ou que entre Taff Man-E e urina fico tentado a escolher a segunda; ou ainda que no dicionário ilustrado ideal há uma garrafinha de Taff Man-E ao lado do verbete "intragável".

Então, como é que o Taff Man-E ainda não deixou de ser fabricado? Será que existem consumidores fiéis de Taff Man-E? Para responder a esta pergunta, resolvi procurar comunidades no Orkut dedicadas à bebida. Se existe um lugar onde os fãs de Taff Man-E expressam sua adoração sem pudores, este lugar é o Orkut. Procurei e não encontrei nada. Nenhuma comunidade para contar história. Digitei com outras grafias e continuei não obtendo resultado. Não há sequer a desculpa de que os consumidores de Taff Man-E são estúpidos demais para conseguir escrever corretamente o nome da bebida que idolatram. Consumidores de Taff Man-E simplesmente não existem (em compensação, encontrei diversas comunidades dedicadas ao Yakult, muita das quais foram criadas por pessoas sem talento para a infâmia, que acham muito engraçado chamar Orkut de Yakult; outro fato curioso é que a maior comunidade dedicada ao Yakult, com mais de 13 mil membros, clama pela versão 2 litros da bebida - o que só ressalta a veracidade da velha máxima "tem louco pra tudo").

Mas não posso crer que não existam consumidores de Taff Man-E. Uma bebida não se manteria por tanto tempo no mercado sem ninguém comprando. A não ser que o Taff Man-E seja algum tipo de lavagem de dinheiro... Não, não! Vou dar um voto de confiança à Yakult. Existem pessoas que bebem Taff Man-E, elas só são muito tímidas. O que me leva a outra questão: por que elas bebem Taff Man-E?

Talvez eu tenha que rever o meu fundamentalismo anti-Taff Man-E. Afinal, toda minha ojeriza é baseada num único gole, ocorrido há mais de uma década. Talvez a Yakult tenha percebido que o isotônico tinha gosto de detergente e mudado a fórmula, o que garantiu uma sobrevida ao produto. Ou talvez o meu paladar tenha evoluído desde aquela época, e o que era asqueroso anos atrás talvez se revele delicioso hoje em dia. Nos meus tempos de guri, por exemplo, não conseguia dar mais que um gole num copo de chope, enquanto hoje em dia... bem, minha barriga fala por si.

Só há uma maneira, portanto, de descobrir o mistério do Taff Man-E: tenho que bebê-lo novamente. Por isso, nos próximos dias farei uma degustação científica da temida garrafinha marrom. Se eu sobreviver, escreverei a segunda parte deste post, que terá como bônus o registro fotográfico da experiência.

E quando essa questão estiver solucionada, atacarei outro tópico palpitante: o que acontece com quem consome Taff Man-E e Cheetos Bolinha AO MESMO TEMPO? Mas nessa aí utilizarei cobaias. Fiquem ligados.

besuntado por Vitor Dornelles 00:23



março 11, 2005

 
NEOLOGISMO

Adesivo que eu vi no vidro traseiro de um chevete velho (ó, redundância) alguns minutos atrás: tamujunto.

Está decidido: quando eu tiver uma banda ruim o bastante para competir em adoração adolescente com o Dibob, ela se chamará Tamujunto.

besuntado por Vitor Dornelles 20:03


 
MALDIÇÃO A TODOS OS
MORDOMOS DANÇANTES!


"Então tá, Jeeves" ("Right Ho, Jeeves", no original), do mestre inglês P.G. Wodehouse, é provavelmente o livro mais engraçado que li em toda minha vida. Bertram Wooster e seu mordomo Jeeves são, definitivamente, uma das melhores duplas da literatura mundial. E se houvesse um Oscar ou coisa parecida para personagens femininas coadjuvantes em livros de ficção, ele certamente iria para tia Dália.

Faça um favor a si mesmo e leia esta obra-prima o quanto antes. Se você tiver inglês afiado e paciência para ler na tela do computador, pode começar agora mesmo. É satisfação garantida.

besuntado por Vitor Dornelles 01:38



março 10, 2005

 
NUNCA MAIS COMO AIPIM

Em estado grave vendedora de bolinho que matou crianças filipinas

MANILA - A vendedora de bolinhos de mandioca que causaram a morte de 27 crianças em uma escola da ilha filipina de Bohol se encontra em estado grave, internada num hospital, depois de ter também ingerido o tubérculo.

(...)

Vários especialistas declararam que as crianças podem ter morrido pela ingestão do cianureto de potássio contido na mandioca - que em algumas de suas variedades torna-se letal quando não é preparada corretamente.

Josephine Garcia, agrônoma, explicou que a mandioca tem dois elementos de cianureto e é potencialmente mortal se não for deixada de molho pelo menos 24 horas antes de ser cozida. Os sintomas de envenenamento da mandioca são dor abdominal, vômitos e diarréia.


(via Globo Online)

****

A propósito: que título mais ambíguo o dessa matéria, hein? Parece até que quem matou as crianças foi a vendedora.

besuntado por Vitor Dornelles 14:46



março 08, 2005

 
OLHE NO CENTRO E RELAXE



besuntado por Vitor Dornelles 21:21


 
FESTA DO BANQUETE



Kele Okereke: neste fundo preto não podemos ver suas madeixas


Conforme eu prometi, o novo download é um vídeo do Bloc Party. No caso, da música "Banquet", presente tanto no EP lançado ano passado quanto no álbum de estréia que chegou às lojas poucas semanas atrás. O clipe lembra o de "Reptilia", dos Strokes, com a câmera fechada nas mãos e eventualmente nos rostos dos músicos, mas tem uma edição (muito) mais nervosa e foi filmado em preto e branco. O dos Strokes é bem melhor, na verdade. Este aqui vale mais pela música em si.

Para baixar é só clicar em "ninfetas virgens amadoras" e lero-lero-lero.

No próximo download, um disco do OPMC.

...

OPQuem?

besuntado por Vitor Dornelles 13:00



março 06, 2005

 
IDÉIA CRETINA DO ANO

Como se não bastasse a criação do deprimente Telecine Pipoca a pedido dos próprios assinantes (porra, se quer ver filme dublado então não assina TV a cabo!), agora a rede Telecine resolveu elevar a mediocridade a novos patamares com a tal sessão Cyber Movie. A idéia é tão absurda que custei a acreditar: filmes legendados em LINGUAGEM DE INTERNET. Sim, isso mesmo que você leu. Legendas com "palavras" como kra, tc, xou e maluko. Se você clicar no link acima, terá acesso também ao Dicionário Cyber Movie, onde o retardad..., digo, o assinante pode sugerir novas palavras a serem incluídas no infame glossário. Não resisti e resolvi deixar um recadinho:

Não quero sugerir "palavra" nenhuma. Apenas protestar, na condição de assinante, contra este insulto à inteligência que é a sessão Cyber Movie. Sem dúvida a idéia mais cretina do ano. E olha que só estamos em março.

E já que a cretinice esté em voga, por que não juntar as duas idéias - legendas semi-analfabetas e filmes dublados - num canal só? Teríamos então o Telecine Stupid, o futuro canal mais visto da TV paga brasileira. A Globosat só precisa depositar um bom montante de dinheiro na minha conta bancária depois que a idéia der certo. Daí eu prometo que não reclamo de mais nada.

besuntado por Vitor Dornelles 00:09



março 05, 2005

 
SUPER MARMOTA

Ontem foi um dia feliz: comprei o DVD de Feitiço do Tempo.

Outra boa notícia é que lançaram no Brasil a primeira temporada de Super Máquina, numa caixa com oito (!) DVDs. Não, não sou fã do seriado (apesar de ter tido uma Super Máquina de brinquedo quando criança), mas isso me deu esperança de que talvez exista alguém disposto a lançar as temporadas do Super-Herói Americano por aqui.

A propósito, vocês sabiam que existe um projeto de longa-metragem de Super Máquina? Com o próprio David Hasselhoff no elenco? Mais um dos sinais do apocalipse, meus amigos.

besuntado por Vitor Dornelles 23:57



março 04, 2005

 
DÉFICIT DE ATENÇÃO

Eu, olhando para a lateral de um prédio que fica ao lado de um posto de gasolina que freqüento semanalmente:

— Ih, olha só, botaram um outdoor do Ronaldinho na lateral daquele prédio.

Minha namorada:

— Ah, sim. Há uns SEIS MESES, pelo menos.


****

Eu, olhando para a novíssima máquina de lavar louça super-plus-3000-turbo que funciona a toda eletricidade na minha área de serviço:

— Uau! Pai, quando foi que vocês compraram essa máquina nova que eu ainda não tinha visto? Semana passada?

— A máquina de lavar louça? Deve ter pelos menos UM ANO.

****

Oh, ié. Isto sou eu.

besuntado por Vitor Dornelles 22:39


 
SALA DE ESPERA

No início da semana fiquei cerca de duas horas sentado numa das portarias do Projac. De todas as celebridades possíveis, só vi uma entrando.

O Russo.

Ganhei o dia.

besuntado por Vitor Dornelles 22:23



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