Ah, sim, esta foto não foi tirada com uma máquina digital. Esta foto não foi sequer tirada este ano. Ela é de 1999 e eu usei a minha velha (mesmo, minhas fotos de bebê foram tiradas com ela) máquina manual apoiada no tripé da minha luneta também velha. E, sim, este post é completamente aleatório. Obrigado pela atenção.
Acrescentei alguns blogs à caixinha da orgia lá de cima. Mas isso é o de menos. O que eu quero mesmo é falar de outra novidade. Agora, ao lado de cada link da caixinha, vocês encontrarão o seguinte símbolo
O que significa isso? Simples, este "i" quer dizer "info". Então, para ler uma pequena descrição do blog ou site em questão, basta passar o cursor em cima do símbolo. Experimentem fazer isso no que eu botei aí em cima e depois vejam os que eu coloquei na caixinha. Qual a utilidade disso? Nenhuma. Eu só achei que seria divertido.
Cliquem em "orgia" e sejam felizes.
Hoje vamos falar sobre este clássico da literatura-de-botequim que eu encontrei em recente escavação nos meus armários, chamado "O impossível acontece" ("When the impossible happens", 95 páginas, organizado por Peter Brookesmith e editado pelo Círculo do Livro). O livro é uma espécie de catálogo de acontecimentos fantásticos. Fala de temas como levitação, maldições, feitiços, combustão espontânea e chuva de peixe. Mas hoje vamos nos concentrar num assunto mais prosaico. Eu me refiro ao ESTRANHO MUNDO DOS GÊMEOS.
Gêmeos idênticos que são criados juntos não serão apenas parecidos,
mas provavelmente terão comportamento semelhante. No entanto,
mesmo gêmeos que são separados ao nascer e criados em locais
diferentes, apresentarão coincidências impressionantes em sua vida (Paul Sieveking, in "O impossível acontece")
Vejamos o caso dos "gêmeos Jim". Eles nasceram em Ohio, em 1939, e foram adotados por duas famílias diferentes, que moravam a 130 quilômetros de distância uma da outra. Ambas achavam que o outro gêmeo havia morrido. No entanto, seis anos depois, quando a mãe de um dos meninos foi completar a adoção, a verdade foi revelada. A senhora Lewis queria registrar o filho adotivo como James Edward. O juiz, contudo, disse que não seria recomendável ela fazer isso, porque o outro gêmeo havia recebido o mesmo nome. Este foi apenas o início de uma série de coincidências bizarras, que só foi descoberta 39 anos mais tarde, quando os gêmeos se reencontraram.
Para começar, James Springer e James Lewis tiveram irmãos adotivos chamados Larry. Na escola, gostavam de Matemática e odiavam Literatura. Ambos foram donos de cachorros chamados Troy. Mais tarde, os dois casaram-se com mulheres chamadas Linda, e divorciaram-se para casar-se novamente com mulheres chamadas Betty. Foram pais respectivamente de James Alan e James Allan. Passavam as férias de verão na mesma praia da Flórida. Ambos dirigiam Chevrolets. Tiveram os mesmos empregos na MESMA SEQÜÊNCIA (frentista, garçom e agente de polícia). Seus hobbies eram carpintaria e desenho técnico. Os dois roíam as unhas. Ambos tinham insônia, bebiam e fumavam bastante. Usavam as mesmas gírias. Quando se encontraram, perceberam que tinham exatamente a mesma altura (1,80m) e o mesmo peso (80kg), além de falarem, gesticularem, e se movimentarem de maneira quase idêntica. Para piorar, se é que isso é possível, com 18 anos os dois Jims começaram a ter dores de cabeça que só apareciam à tarde. Na mesma época, ambos deixaram de sentir a dor. Os dois eram cardíacos, sofriam de hemorróidas e engordaram 4,5 quilos no mesmo período de suas vidas, para depois emagrecerem novamente. Alguém ainda acha que isso é só coincidência?
Mas o ESTRANHO MUNDO DOS GÊMEOS não se resume a coincidências-que-não-podem-ser-apenas-coincidências. Vejamos o caso das gêmeas Grace e Virginia Kennedy (Poto e Cabenga, para os íntimos).
As duas meninas nasceram em 1970, na Geórgia, Estados Unidos, e assim que começaram a falar deixaram os pais intrigados. Grace e Virginia não falavam inglês. Elas tinham uma língua própria. E chamavam a si mesmas de Poto e Cabenga.
— Genebene manita.
— Nomemee.
— Eebedeebeda. Dis din qui naba.
— Neveda. Ca baedabada.
O diálogo acima mostra uma típica conversa entre Poto e Cabenga. Segundo os médicos, as duas haviam desenvolvido ideoglossia, um artifício utilizado comumente por gêmeos idênticos para se isolarem do mundo exterior. Depois de muitas consultas com fonoterapeutas, as gêmeas voltaram a falar inglês, o que privou o mundo de frases fabulosas como:
— Snap aduk, Cabenga, chase die-dipana, ordena Poto a Cabenga.
Imediatamente, as duas começam a brincar com a casinha de bonecas.
Esses médicos não entendem nada.
****
E assim chegamos ao fim de mais um episódio de A FANTÁSTICA BIBLIOTECA DO VITOR. Um dia retornaremos a este livro para falar sobre combustão espontânea. Até lá.
O pessoal não estava conseguindo baixar as músicas do Ben Folds Five. Fui ver o que estava acontecendo e descobri o mesmo problema com a abertura do Super-Herói Americano e com "Ah, L'amour" do Don Hertzfeldt. Então, acabei mudando todos eles para outro servidor. Agora, assim como "Rejected" e o EP do Ben Folds, precisa de senha para baixar e é por TEMPO LIMITADO. Portanto, se alguém ainda não baixou alguma dessas coisas, é bom se apressar. Ou então fazer um apelo desesperado nos comentários, que eu disponibilizo de novo. Cliquem ali em "ninfetas virgens amadoras" e baixem logo!
UPDATE (30/08): Acabou-se o que era doce! Se você quiser um desses arquivos, deixe seu comentário no post mais recente, ou mande-me um e-mail, e blablablabla.
Motivado pelos comentários sobre o EP do Ben Folds, resolvi quebrar minha "promessa" e disponibilizar mais DOIS downloads. Nada muito grande desta vez. São duas músicas da fase "não-fofinha" do Ben Folds, da época em que ele cantava e tocava piano no Ben Folds Five, ao lado dos sensacionais Robert Sledge (baixo) e Darren Jessee (bateria). As escolhidas foram o hino loser "Underground", que faz parte do primeiro disco da banda, e a catártica "Song For The Dumped", do segundo. São um bom aperitivo para quem quiser baixar depois os álbuns do grupo. É só clicar em "ninfetas virgens amadoras". As letras estão lá também.
Aí eu cheguei em casa e meu pai disse que tinha trocado a minha cortina.
— Caralho, mas esta é a cortina mais gay que eu já tive!
— Que isso. É uma cortina como outra qualquer.
— Você tá me gozando, né, pai?
— Quer ver? Deixa eu chamar sua mãe, que foi ela que escolheu.
— Sim?
— O Vitor está reclamando que a cortina nova é muito gay.
— Que isso, filhinho. Todas as cortinas são assim.
— Ah, mas não são mesmo! Eu já tive outras cortinas e nenhuma era assim.
— Quer ver? Deixa eu chamar a sua irmã para ela dizer se é gay ou não.
— Que foi?
— Vem cá e diz se você acha que a cortina do seu irmão é muito gay.
— (olhando a cortina) pfffff.... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
— VIU! VIU! Eu disse que era gay!
— HAHA... Ai, ai. Pelo menos não é rosa, Vitor.
Lição do dia: Nunca mais deixar minha mãe sozinha numa loja de cortinas.
O quê? Você nunca ouviu falar do Ben Folds? Ok, tudo bem, isso é grave, mas nada que não possa ser remediado. Primeiro, recomendo a discografia completa ("Ben Folds Five", "Whatever and Ever Amen", "Naked Baby Photos" e "The Unauthorized Biography Of Reinhold Messner") da antiga banda dele, o Ben Folds Five - que apesar do nome era um trio - e depois o primeiro álbum solo do sujeito. Ou então aconselho uma conversinha com este rapaz aqui (não se assustem, ele também fala português). Claro que eu não estou sugerindo que vocês comprem estes discos com o dólar desse jeito, apesar dos links serem para a Amazon. Mas tentem, de alguma maneira, baixar estes álbuns. E nada de usar o Kazaa, obviamente. Usem um programa de verdade. Bem, mas apesar de ser recomendável este conhecimento prévio, ele não é fundamental para a apreciação do novo download da caixinha de downloads (não consigo parar!). Trata-se do primeiro EP solo do Ben Folds, chamado Speed Graphic. Pelo que eu entendi ele vai lançar ainda mais dois EPs antes do lançamento do novo disco, previsto para 2004, e eles só serão vendidos online. Speed Graphic tem cinco músicas, sendo uma delas cover de "In Between Days" do Cure. Vale a pena baixar, até porque eu sei que as letras são componente importante das músicas dele e as incluí no pacote. E além disso o Ben Folds toca piano bem pra caralho. Mais informações sobre o álbum aqui.
Ah, sim, e como os mais observadores já devem ter reparado, as seções "downloads" e "links" mudaram de nome. Para pegar o novo EP do Ben Folds, por exemplo, você deve clicar em "ninfetas virgens amadoras". Para visitar outros blogs melhores do que este ou conhecer sites bacanosos, clique em "orgia". A equipe do Repolhópolis® agradece à magnânima Oba Fofia pela sugestão dos novos nomes e esclarece que a mudança visa a chamar a atenção dos freqüentadores antigos e também à integração de punheteiros incautos à comunidade Repolhopense.
Em tempo: nos próximos posts abandonarei momentaneamente esta fase "Madre Teresa dos Downloads" e iniciarei uma emocionante história em capítulos, cheia de ação, aventura e mongolice. Porque é disso que os blogs vivem. Tenham um bom dia.
UPDATE (24/08): Acabou! Se você deu mole e perdeu o período de downloads, implore pela volta do EP nos comentários do post mais recente. Ou mande um e-mail. É só clicar lá em cima.
Já deu para perceber que esse negócio de downloads não é muito popular. Talvez eu devesse repensar a minha estratégia e oferecer foto de mulher pelada FREE e vídeo pornô GRÁTIS. Mas tudo bem. Eu aceito isso. Afinal, a abertura de um seriado obscuro dos anos 80 protagonizado por um mané louro de cabelos cacheados vestindo um uniforme gay não deve ser muito atraente para o grande público (não é à toa que a série só durou três temporadas), assim como um desenho underground absolutamente tosco e cheio de violência não está destinado a fazer sucesso. Sim, eu aceito isso. Mas não entendo. E como eu sou cabeça-dura, vou botar mais um download na caixinha lá de cima. Desta vez o escolhido é o curta de animação REJECTED! Ok, eu sei que vocês não se emocionaram. Bem, o filme em questão concorreu ao Oscar de 2001, como mencionei alguns posts atrás, e foi exibido no Anima Mundi do mesmo ano, que foi onde eu o conheci. Não tem como não gostar desse desenho (essa é a sua deixa, PR) se você, como todas as pessoas de bom gosto, aprecia o humor non-sense (sem contar que, pô, olha a ilustração do post! Genial!). O traço, propositadamente simples, o roteiro e a direção são obra do também já citado aqui Don Hertzfeldt. Aliás, este psicopata do bem está preparando um novo desenho para breve. Mal posso esperar.
Então, vão ali em cima, leiam atentamente as instruções (precisa de uma senha para baixar) e sejam felizes!
Ou melhor, não. Acho que pedir numa boa também não tem sido eficiente. Por isso, vou apelar para ameaças saudáveis. Se você ainda não assistiu a este filme e não baixá-lo nas próximas 8 horas, o seu vizinho de cima vai pular a madrugada inteira ouvindo "Lua de Cristal" no repeat pelos próximos 6 meses, todos os seus dentes vão apodrecer e cair em uma semana, você vai ter 13 anos de azar no amor, as calotas polares vão derreter e destruir as cidades litorâneas levando o que sobrar do mundo ao colapso financeiro e o bicho-papão vai te pegar. Não necessariamente nessa ordem. Saúde!
UPDATE (23/08): Já era! Se você realmente quiser assisitir a este vídeo, deixe seu comentário desesperado no post mais recente. Ou então me mande um e-mail. É só clicar ali em cima.
Muito bem lembrado, Gabes. Parabéns aos que, assim como eu, escrevem com a mão errada e são incapazes de descascar batatas. Em homenagem a todos vocês, postarei o símbolo internacional dos canhotos.
Há pouco tempo, meu prédio começou com esse negócio de premiar o Funcionário do Mês. Em abril pregaram o primeiro cartaz no quadro de avisos com a cara do vencedor. No caso, o faxineiro Ronaldo, por seu trabalho em alguma região desconhecida do meu prédio - eu nunca tinha visto o rosto do faxineiro Ronaldo antes dele posar para a foto do prêmio. Em maio, quem levou a cesta de alimentos para casa foi o garagista Antônio Carlos, que com certeza não toma conta da minha garagem - se é que alguém toma -, uma vez que também nunca o vira antes do cartaz de agradecimentos da administração. Em junho, vejam só, quem ganhou de novo foi o faxineiro Ronaldo, desta vez num sorteio em que disputou o carrinho de compras (o prêmio aumentou!) com outros dois funcionários tão bons quanto ele. E dá-lhe Ronaldo no quadro de avisos sorrindo amarelo e segurando um saco de Café Pilão. Para julho eu aguardava grandes emoções - quem sabe não ganhava um funcionário que eu conhecia? Ou quem sabe o Ronaldo não conquistava o tri-campeonato e assumia a liderança absoluta em competência faxinal?
Há poucos dias, no entanto, quando pregaram o novo cartaz lá embaixo, não pude conter a surpresa - e também a decepção. Logo abaixo de "Funcionário do mês" em negrito, havia o desenho de um... ABACAXI! Em seguida, a bizarra legenda: "A Administração agradece a equipe pela ineficácia, ainda que eventual".
Hoje meus pais comemoram Bodas de Prata. Vinte e cinco anos de uma história que começou a alguns metros abaixo do solo (eles são geólogos). Eu sei que vocês dois não lêem isso aqui, mas mesmo assim deixo registrados meus PARABÉNS! O que vocês têm é raro pra chuchu.
Por indicação indireta do Gabriel, fiquei conhecendo o trabalho do cartunista Chris Giarrusso (que, na verdade, segundo a minha assessora para assuntos de memória, eu já conhecia, mas enfim...). As tirinhas Bullpen Bits - em que os personagens da Marvel são crianças - são simplesmente hilárias. No site oficial do cara ainda tem a edição completa de Giant Size Mini Marvels #1 Featuring Spidey, em que o pequeno Homem-Aranha entrega jornais numa vizinhança, digamos, peculiar. Vale muito a visita.
Ah, sim, e o pessoal do blog Indigo Sunset está traduzindo as tirinhas Bullpen Bits (Pequenos Heróis Marvel, na versão deles) e disponibilizando para quem não lê inglês. Uma iniciativa louvável.
A minha amiga Leïlah - enciclopédia musical ambulante e dona de um acervo de mais de 5 mil videoclipes e algumas dezenas de brincos de plástico nas horas vagas - iniciou um blog de nome esquisito. Visitem-na! Vamos ver o que ela vai aprontar com o passar do tempo...
Quem me conhece sabe que eu sou magro de nascença. Não é à toa que no colégio meu apelido era Macarrão, por ser alto e esquálido. Muito esquálido. Para vocês terem uma idéia, com 17 anos meu 1,90m sustentavam ridículos 55kg. Assustador, não? Hoje, porém, devido a uma combinação de idade avançada com etilismo severo, eu tenho a mesma altura sustentando 75kg, talvez 80kg.
E daí? Bem, e daí que amanhã eu irei a um casamento. E o último terno que eu comprei foi aos 17 anos - ou 20kg atrás, se vocês preferirem. Nunca pensei que fosse ter a sensação de tentar vestir uma calça e não conseguir. É realmente um negócio frustrante. Você tenta encolher a barriga, esticar o tecido, puxar o zíper com mais força e... nada. O diacho da minha calça não cabe de jeito maneira. Tive então que apelar para os ternos do meu pai. O problema é que, assim como eu, meu pai sofreu variações de peso ao longo da vida. Então, eliminando de cara os ternos modelo anos 70 com cintura marcada, sobraram uns 3 que poderiam servir em mim. Mas nenhum ficou, assim, uma Brastemp (é a segunda vez que uso isso aqui, mas eu juro que não estou ganhando nada - é só falta de criatividade mesmo). Cheguei à conclusão de que o meu terno perfeito seria a combinação de dois do meu pai. Só acho que não pegaria muito bem ir à cerimônia trajando um paletó cinza e uma calça marrom. Se eu fosse um sujeito fashion, poderia até lançar tendência e chocar a burguesia ao mesmo tempo. Mas como eu sou apenas um magro barrigudo que não cabe nas próprias calças, acho que vou ter que alugar alguma coisa. Ou apelar para a minha mãe, pois como pude constatar em São Paulo, eu daria uma péssima costureira.
